«Os Mesmos de Sempre a Pagar» contra o aumento do custo de vida

No sá­bado, 14, o Mo­vi­mento «Os Mesmos de Sempre a Pagar» re­a­lizou ac­ções de pro­testou, em di­versos pontos do País, contra o au­mento do custo de vida. Se nada for feito «os tra­ba­lha­dores vão ter mais dias sem chegar o or­de­nado».

Há quem lucre com a des­graça alheia

«Há cada vez mais mês do que sa­lário! Vamos de­cretar a an­te­ci­pação do fim do mês», sa­li­enta o Mo­vi­mento em co­mu­ni­cado, onde se afirma: «Todos os dias sobem os preços. Todos os meses os nossos or­de­nados e pen­sões ficam mais pe­quenos. O Go­verno não faz nada para parar a es­pe­cu­lação de­sen­freada.»

Neste sen­tido, «Os Mesmos de Sempre a Pagar» con­si­deram que «é pre­ciso impor que os com­bus­tí­veis, a ali­men­tação, os trans­portes, os me­di­ca­mentos, as rendas e todos os bens es­sen­ciais te­nham preços justos e su­por­tá­veis para a mai­oria».

Crise não toca toda a gente
Nas ac­ções que acon­te­ceram em vá­rios pontos do País, uma das ideias avan­çadas é que a «crise não toca toda a gente da mesma ma­neira» e que, apesar de es­tarmos «todos no mesmo mar», não «vamos no mesmo barco», com uns a pagar e ou­tros a lu­crar, e muito, como acon­tece na GALP, no Pingo Doce, na Sonae, na EDP e nos bancos. «O Banco Cen­tral Eu­ropeu vai fazer a po­lí­tica do cos­tume, au­men­tando as taxas de juro para sal­va­guardar o di­nheiro dos ricos. Com estas op­ções, quem vai so­frer mais são aqueles que tra­ba­lham e que vão ter que pagar os em­prés­timos das casas a preços mais ele­vados», acusa o Mo­vi­mento, pre­vendo que «os tra­ba­lha­dores vão ter mais dias sem chegar o or­de­nado e os se­nhores do di­nheiro vão fazer desta crise uma nova opor­tu­ni­dade para es­pre­merem ainda mais quem tra­balha». «Se é ne­ces­sário pagar a crise, então que se co­mece pela con­tri­buição da­queles que em todas as crises se en­chem à custa da des­graça da mai­oria», propõe-se.

Me­didas con­cretas
«Os Mesmos de Sempre a Pagar» apelam «a todos os que sentem na pele o au­mento do custo de vida que se unam para travar este pro­cesso de roubo que está em curso» e «de­mons­trem a vossa in­dig­nação».

Do Go­verno exigem «me­didas con­cretas para im­pedir que, mais uma vez, haja que se apro­veite da crise», com a fi­xação e re­gu­lação dos preços de todos os bens es­sen­ciais, em par­ti­cular dos bens ali­men­tares; so­lu­ções para travar o au­mento dos preços das ha­bi­ta­ções; que os di­vi­dendos das grandes em­presas sejam, neste mo­mento de crise, des­vi­ados das contas dos ac­ci­o­nistas para um fundo de emer­gência na­ci­onal para res­ponder ao au­mento do custo de vida.

«Travar o au­mento do custo de vida é ga­rantir con­di­ções de vida para a mai­oria», bem como «parar o roubo e o apro­vei­ta­mento por parte dos mesmos de sempre. Será pedir muito que não sobre sempre para os mesmos pagar a crise dos ou­tros?», in­ter­roga o mo­vi­mento.

 



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