MUSP critica encerramento de maternidades em todo o País

O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) condena a intenção de encerrar, em todo o País, a partir de Março desde ano, serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia, bem como blocos de partos.

«Desmantelamento de uma valência tão importante para as populações»

Esta situação «constitui um grave retrocesso no acesso aos cuidados de saúde maternos e obstétricos das mulheres grávidas, recém-nascidos e das suas família», adverte o MUSP, que tem alertado para a falta de recursos nas maternidades do País, particularmente nos serviços de urgência, fruto da premeditada degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS). «O número de especialistas em ginecologia/obstetrícia está muito aquém das necessidades» e o «recurso a horas extraordinárias, assim como a sobrecarga dos serviços de urgências, esgotam a capacidade de resposta a outras tarefas necessárias», referem os utentes, em nota de 20 de Janeiro.

Rotatividade
Neste sentido, é «deveras preocupante» que o Governo e o Ministério da Saúde considerem que a rotatividade dos serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia, entre os diversos hospitais, realizada anualmente, garante maior segurança para as mulheres grávidas e suas família.

«A partilha de recursos já parcos e insuficientes redundará numa ainda maior sobrecarga dos profissionais de saúde e no agravar da situação de fragilidade das mulheres e suas famílias. O plano de funcionamento alternado das maternidades não constitui mais do que um remendo, que não procura resolver os graves e profundos problemas do SNS, mas sim tornar provisoriamente uma decisão que vem contribuir para o desmantelamento de uma valência tão importante para as populações», considera o MUSP.

Para este movimento, o que se impõe é o reforço do SNS, através de um investimento «sério e efectivo» nas suas valências, que passa pela contratação de mais profissionais da área da saúde, bem como pela valorização das suas carreiras.

Reivindicação
No dia 17 de Janeiro, a União de Sindicatos da Guarda, o MUSP da Guarda e o Movimento «A Saúde não se aGuarda» lançaram um abaixo-assinado pela manutenção da Maternidade do Hospital Sousa Martins e pela defesa do SNS. O documento vai circular pelos 14 concelhos do distrito até meados de Fevereiro.

 



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