Em Chipre, os eleitores vão às urnas no domingo, 5, votar na primeira volta das eleições presidenciais.
Candidato com grande prestígio, Andreas Mavroyiannis, diplomata, é apoiado pelo Partido Progressista do Povo Trabalhador (AKEL), a principal força política da esquerda cipriota.
O presidente cessante, Nikos Anastadiadis, de direita, não se apresenta a votos para um terceiro mandato, mas dois correligionários, Averof Neophytou e Nikos Christodoulidis, são apoiados pelo seu partido, o Agrupamento Democrático (DISY).
Durante a campanha eleitoral, o secretário-geral do AKEL, Stefanos Stefanou, exortou os cidadãos a não acreditar nas promessas eleitorais de Neophytou e Christodoulidis, a quem falta credibilidade e que querem prosseguir as actuais políticas neoliberais. Lembrou que, nos últimos 10 anos, o DISY fez na governação o contrário do que agora promete fazer.
Tendo em conta a situação em Chipre – uma sociedade dominada pela desigualdade e insegurança económica, um Estado mergulhado na corrupção, um governo envolvido em escândalos –, Stefanou destacou a necessidade de mudanças no país.
Considera que Mavroyiannis poderá vencer as eleições, desde que o trabalho de esclarecimento continue. Aliás, os resultados dessa mobilização reflectem-se nos estudos de opinião sobre intenções de voto, com a candidatura de esquerda a ganhar força. O que se deve à crescente adesão dos eleitores do AKEL, à confiança demonstrada em Mavroyiannis e no seu programa por pessoas de outros espectros e à esperança que depositam nele sectores sociais descontentes com a situação no país.
Nas eleições de domingo, se nenhum dos 14 candidatos obtiver mais de metade dos votos, haverá segunda volta uma semana depois, no dia 12, o que os observadores consideram o mais provável.