Utentes concentram-se em defesa do SNS

O Go­verno pre­tende «trans­formar o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde(SNS) num sis­tema sub­si­diário do ne­gócio pri­vado da saúde», de­nuncia o MUSP, que apela à par­ti­ci­pação de todos na con­cen­tração de sá­ba­do­junto ao Mi­nis­tério da Saúde.

«Go­verno mos­trou de­sa­preço pela saúde»

O ponto de en­contro está mar­cado para as 10h30 «para de­fen­dermos o SNS, em nosso nome, dos nossos avós, pais e fi­lhos».

Em co­mu­ni­cado, o Mo­vi­mento de Utentes dos Ser­viços Pú­blicos (MUSP) lembra que, com o re­cente en­cer­ra­mento de ur­gên­cias pe­diá­tricas, por exemplo no Hos­pital Be­a­triz Ângelo e no Hos­pital de S. Fran­cisco Xa­vier, o Go­verno, do PS, «mos­trou de­sa­preço pela saúde de mi­lhares de cri­anças de Lisboa e da pe­ri­feria de Lisboa, aonde se re­gista uma das mai­ores con­cen­tra­ções po­pu­la­ci­o­nais». Para os utentes, a jus­ti­fi­cação do mi­nistro Ma­nuel Pi­zarro, de que o en­cer­ra­mento não tinha sido uma me­dida ad­mi­nis­tra­tiva, apenas a con­sequência da falta de mé­dicos pe­di­a­tras, «de­monstra bem o de­sa­preço do Go­verno pela saúde».

As crí­ticas es­tendem-se ao facto de os utentes das Uni­dades de Saúde Fa­mi­liar que não têm mé­dico de fa­mília es­tarem a ser ca­na­li­zados para as Uni­dades de Cui­dados de Saúde Per­so­na­li­zados (UCSP). «O Go­verno em­purra estes utentes para as UCSP como quem varre utentes para fora do SNS, numa de­mons­tração de total des­res­peito por mi­lhares de pes­soas», acusa o MUSP.

 

Se­túbal

Do Fórum In­ter­mu­ni­cipal da Saúde, re­a­li­zado no dia 23 de Março em Se­túbal, saiu a mar­cação de uma ma­ni­fes­tação no dia 15 de Abril para exigir a re­so­lução dos pro­blemas da saúde nos con­ce­lhos de Pal­mela, Se­simbra e Se­túbal.

A de­li­be­ração, apro­vada por una­ni­mi­dade no en­contro que reuniu au­tarcas, re­pre­sen­tantes de di­versas co­mis­sões de utentes e dos pro­fis­si­o­nais de saúde, surge na sequência da de­cisão da Di­recção Exe­cu­tiva do SNS de, no âm­bito da re­or­ga­ni­zação das ur­gên­cias pe­diá­tricas da Área Me­tro­po­li­tana de Lisboa, en­cerrar ao fim-de-se­mana, de 15 em 15 dias, as ur­gên­cias pe­diá­tricas do Hos­pital de São Ber­nardo.

O do­cu­mento afirma uma «pro­funda pre­o­cu­pação face às di­fi­cul­dades de fun­ci­o­na­mento do Centro Hos­pi­talar de Se­túbal, em par­ti­cular ao nível das ca­rên­cias de re­cursos hu­manos, in­ti­ma­mente li­gadas à de­gra­dação da res­posta aos utentes das po­pu­la­ções abran­gidas».

No final do en­contro, o pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal de Se­túbal, André Mar­tins, disse es­perar uma grande par­ti­ci­pação na ma­ni­fes­tação, in­cluindo por parte das po­pu­la­ções do Li­toral Alen­te­jano, que também per­tencem à área de in­fluência do Centro Hos­pi­talar de Se­túbal (CHS).

 

Con­cen­tração

Na sexta-feira, 24, a União dos Sin­di­catos de Se­túbal/​CGTP-IN, em con­junto com os utentes da saúde de Pal­mela, Se­simbra e Se­túbal, pro­moveu, junto ao in­ter­face de trans­portes de Se­túbal, uma con­cen­tração de pro­testo contra o en­cer­ra­mento da ur­gência pe­diá­trica de Se­túbal. A ini­ci­a­tiva contou com a pre­sença de Paula Santos, líder par­la­mentar e da Co­missão Po­lí­tica do PCP.

 



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