Não ter medo de avançar e tomar Partido

«Não te­nham medo! Se lu­tarem com força e ho­nes­ti­dade, ha­verá sempre al­guém ao vosso lado para vos ajudar. Ha­verá sempre um ca­ma­rada. E se avan­çarmos com con­fi­ança, as con­quistas serão al­can­çadas», é o que afirma Pedro, um tra­ba­lhador do Ar­senal do Al­feite, ins­crito no Par­tido há cerca de três anos. Em casa, o PCP nunca foi tema re­cor­rente. Aliás, en­quanto jovem, dos co­mu­nistas ouvia falar apenas através da co­mu­ni­cação so­cial.

Já na Festa do Avante!, em 2017, na qual par­ti­cipou, ficou um pouco mais con­ven­cido que o pro­jecto dos co­mu­nistas, talvez fosse também o seu, mas foi só du­rante a epi­demia que ficou es­cla­re­cido acerca de qual era o seu par­tido e de onde queria ajudar a fazer a di­fe­rença. Assim foi porque, conta, ob­servou a si­tu­ação do País, as cres­centes di­fi­cul­dades e, so­bre­tudo, as con­tra­di­ções ine­rentes ao ca­pi­ta­lismo.

Desde esse mo­mento que co­meçou a ler e des­co­brir mais. O livro que, iro­ni­ca­mente, mais o marcou foi O Fim do Homem So­vié­tico que aborda, de grosso modo, o fim da União So­vié­tica e a tran­sição dos seus es­tados para um sis­tema ca­pi­ta­lista. Assim, com­pre­endeu que tudo o que lhe en­si­naram acerca do co­mu­nismo es­tava er­rado. Chegou o dia em que não quis adiar mais a sua adesão ao PCP.

Três anos vol­vidos, ter­minou os seus es­tudos em En­ge­nharia Me­câ­nica e tra­balha agora no Ar­senal do Al­feite. Enche-se de or­gulho do seu local de tra­balho, da cé­lula de em­presa onde está or­ga­ni­zado e da im­por­tância que esta teve, no pas­sado, para o Par­tido. Acres­centa os es­forços que tanto ele, como os seus ca­ma­radas, têm feito para di­na­mizar a cé­lula. Em Ja­neiro, por exemplo re­ac­ti­varam o bo­letim, tra­balho no qual es­teve en­vol­vido.

Sobre a sua vida pes­soal, conta que muita coisa mudou. Fez amigos, ana­lisa a so­ci­e­dade com um olhar mais atento e, so­bre­tudo, aprendeu muito, até mesmo com a dis­ci­plina de dis­cussão que existe nas reu­niões da JCP e do Par­tido.

Tânia é mais jovem, tem 28 anos. É na­tural de Olhão, mas vive em Faro, onde tra­balha como as­sis­tente de pro­dução numa em­presa. Para ela, a ex­pe­ri­ência que agora conta não foi a pri­meira que teve com a or­ga­ni­zação co­mu­nista. Na sua ado­les­cência, após al­gumas dis­tri­bui­ções que os jo­vens co­mu­nistas re­a­li­zaram à porta da sua es­cola se­cun­dária, per­cebeu que se iden­ti­fi­cava com grande parte da visão do Par­tido para a so­ci­e­dade. Ins­creveu-se para pro­curar des­co­brir mais e não se de­cep­ci­onou.

No en­tanto, a vida se­guiu o seu curso. Era jovem, não criou uma li­gação muito pro­funda à JCP e isto, à mis­tura com a sua na­tural ti­midez, fez com que dei­xasse de par­ti­cipar. Afastou-se assim da or­ga­ni­zação, mas nunca dos va­lores do Par­tido. Man­teve, desde então, vá­rias ami­zades com mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes co­mu­nistas e um voto sempre fiel na CDU.

No início deste ano, dois ele­mentos fi­zeram-na per­ceber que era mo­mento de voltar: em pri­meiro lugar, sentiu que o cres­ci­mento da ex­trema-di­reita pre­ci­sava de ser, ur­gen­te­mente, com­ba­tido e que era no PCP onde o po­deria fazer. Em se­gundo lugar, sentiu que o con­tri­buto que, agora, po­deria ofe­recer era me­lhor, maior e mais va­lioso para a or­ga­ni­zação. Desta vez está certa de que não se quer afastar e está pronta para con­tri­buir com tudo o que puder e com tudo o que o co­lec­tivo par­ti­dário con­si­derar que ela possa fazer.



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