A Festa do Avante! é a festa dos va­lores de Abril. Ali, como em ne­nhuma outra re­a­li­zação, a so­li­da­ri­e­dade, a fra­ter­ni­dade, a igual­dade, a ale­gria, a paz, con­cre­tizam-se em cada gesto, em cada en­contro, em cada re­a­li­zação, em cada ta­refa. E tal como na gesta re­vo­lu­ci­o­nária do povo por­tu­guês, também na Festa se cons­trói um País e um mundo novos (ainda que, ali, apenas por três dias). Uma coisa é certa, porém: com or­ga­ni­zação, de­di­cação e mi­li­tância não há im­pos­sí­veis.

Mas este ano a Festa será ainda mais a Festa de Abril. Em plenas co­me­mo­ra­ções dos 50 anos da Re­vo­lução, que se cum­prem em 2024, ela es­tará em des­taque em todo o re­cinto e em múl­ti­plas ini­ci­a­tivas: desde logo no Es­paço Cen­tral, onde ha­verá uma ex­po­sição de­di­cada à Re­vo­lução, às suas con­quistas, aos seus va­lores, e também no con­certo sin­fó­nico de sexta-feira, no Palco 25 de Abril, que lhe será de­di­cado.

Evocar a Re­vo­lução de Abril é lem­brar a opressão fas­cista e quem lhe re­sistiu, é va­lo­rizar a co­ragem e ini­ci­a­tiva dos mi­li­tares pro­gres­sistas, é re­alçar a ex­tra­or­di­nária acção de massas que con­duziu às pro­fundas con­quistas al­can­çadas, é re­co­nhecer a pe­re­ni­dade dos seus va­lores, nos quais se funda a luta que con­tinua e se alarga – pelo tra­balho com di­reitos, pela pos­si­bi­li­dade de en­ve­lhecer com dig­ni­dade, por uma in­fância plena, pela de­fesa do SNS, da es­cola pú­blica e da pro­tecção so­cial, pelo di­reito à ha­bi­tação, à mo­bi­li­dade, à cul­tura, ao des­porto, a um meio am­bi­ente sau­dável, à paz.

Tudo para todos

Não é fácil enu­merar o que é pos­sível fazer na Festa do Avante!: de­zenas de es­pec­tá­culos de mú­sica e te­atro, de­bates sobre temas va­ri­ados, ac­ti­vi­dades des­por­tivas, gas­tro­nomia, artes plás­ticas, ci­ência, es­paços e ac­ti­vi­dades para cri­anças e muito mais. E, em cada re­canto, o en­contro im­pro­vável, o con­vívio per­ma­nente, a con­tem­plação da­quele belo es­paço, e da sua mag­ní­fica vista sobre o Tejo, ou tão so­mente o me­re­cido des­canso numa das frescas som­bras pro­por­ci­o­nadas pelas cen­tenas de ár­vores ali exis­tentes. Aliás, a 21 de Março, Dia da Árvore, cerca de um mi­lhar de cri­anças das es­colas da fre­guesia de Amora plan­taram ár­vores na Quinta da Ata­laia, acres­cen­tando muitas mais às cen­tenas que ali flo­res­ceram nos úl­timos anos.

É no Es­paço Cen­tral, que per­ma­nece no mesmo local da Quinta do Cabo mas com um novo pro­jecto, que se re­a­li­zarão os prin­ci­pais de­bates e onde se po­derá ad­quirir pro­dutos alu­sivos à Festa e ao Par­tido, na Loja, ou tomar uma be­bida ou uma re­feição li­geira e con­viver, no apra­zível Café da Ami­zade.

E ainda não é tudo. Nos es­paços das or­ga­ni­za­ções re­gi­o­nais do PCP es­tará uma vez mais a(s) cul­tura(s) das vá­rias zonas do País, mas também as lutas que os tra­ba­lha­dores e as po­pu­la­ções aí travam pelo pro­gresso, a jus­tiça so­cial, o de­sen­vol­vi­mento local. No Es­paço In­ter­na­ci­onal es­tarão as lutas dos povos do mundo contra o im­pe­ri­a­lismo e a guerra, pela paz e a so­be­rania. E as cores, sons e sa­bores de de­zenas de países, de vá­rios con­ti­nentes. A Ci­dade da Ju­ven­tude, o Pa­vi­lhão das Mu­lheres e os es­paços da imi­gração e dos emi­grantes lá es­tarão, a mos­trar as as­pi­ra­ções e as lutas es­pe­cí­ficas, acom­pa­nhadas do são con­vívio e da gas­tro­nomia.

Tí­tulo de so­li­da­ri­e­dade

A En­trada Per­ma­nente (EP) dá acesso a tudo isto, e a todos aqueles mo­mentos que, não cons­tando em ne­nhum pro­grama, fazem também da Festa o que ela é desde há 47 anos. Longe de ser um mero bi­lhete, a EP é um tí­tulo de so­li­da­ri­e­dade com a Festa e com os que a cons­troem e tornam pos­sível. Com­prada an­te­ci­pa­da­mente não só ajuda a uma Festa me­lhor como sai mais ba­rata para quem a ad­quire: custa só 29 euros, até 31 de Agosto, menos 14 do que nos dias da Festa.

Se à EP se acres­centar umas meias, uma ca­neca e um crachá alu­sivos à Festa, tudo numa bo­nita caixa de cartão, custa 39 euros. O Con­junto Avante!’ 23 está dis­po­nível nos cen­tros de tra­balho do PCP e na rede Tic­ke­tline.