O Partido Comunista Português (PCP) expressou a sua solidariedade com o povo sudanês e o Partido Comunista Sudanês (PCS) face aos confrontos entre forças militarizadas, que provocaram uma vaga de violência no Sudão.

Numa mensagem ao PCS, enviada no dia 24, o PCP condena a violência, apela ao cessar-fogo imediato e à protecção e assistência das populações e exige o fim imediato da interferência estrangeira que procura dominar e explorar os recursos sudaneses.

O PCP apela à união das forças patrióticas e democráticas do Sudão visando a conquista da paz, segurança e estabilidade no país e manifesta a sua solidariedade com o PCS e outras forças sudanesas que lutam pelos direitos do povo, a restauração da democracia, a defesa da soberania e independência do Sudão.

Combates prosseguem,
estrangeiros evacuados

Os combates em Cartum e noutras cidades do Sudão prosseguiam, na terça-feira, 25, apesar de uma trégua de 72 horas estabelecida na véspera, entre as tropas do Exército e as milícias das Forças de Intervenção Rápida (FSR).

O violento conflito, que deflagrou no dia 15, provocou já um número elevado de mortos e feridos. Além disso, milhares de pessoas fogem para locais seguros no Sudão ou nos países vizinhos, enquanto diplomatas, residentes estrangeiros e visitantes ocasionais foram ou procuram ser evacuados.

Apesar de diversas ofertas de mediação africana e internacional, as duas facções em confronto, encabeçadas pelos generais Abdelfattah al-Buran, chefe do exército, e Mohamed Hamdan Dagalo, das RSF, continuam a recusar cessar os combates.