- Nº 2581 (2023/05/18)

Porto e Lisboa em defesa da paz

Nacional

Porto e Lisboa voltam a ser palco de acções em defesa de políticas de paz, soberania, solidariedade, cooperação e amizade entre todos os povos. Exige-se que o Governo cumpra os princípios da Constituição da República.

 

No Porto tem lugar uma concentração, no dia 15 de Junho, às 18h00, na Praça da Palestina (cruzamento da rua Fernandes Tomás com a rua do Bolhão). Dois dias depois, 17, em Lisboa realiza-se um desfile, às 15h00, com início no Largo Camões.

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) apela a todos aqueles que «defendem e não desistem da paz» que participem nas acções do Porto e de Lisboa, sendo «urgente» parar «a confrontação e a guerra», seja na Palestina, no Saara Ocidental, na Síria, no Iémen, no Sudão ou na Ucrânia, «com as trágicas consequências e os sérios perigos que comportam», travar «a escalada belicista que se verifica na Europa», mas também «noutras partes do mundo», nomeadamente na região Ásia-Pacífico, «desrespeitando o direito que os povos têm à paz, ao desenvolvimento, à soberania».

Inadiável é, igualmente, «pôr fim às sanções que atingem as condições de vida dos trabalhadores e das populações, incluindo dos países na União Europeia, enquanto as multinacionais do armamento, da energia, da alimentação, da distribuição acumulam fabulosos lucros» e «abrir espaço à diplomacia e à solução política dos conflitos, rejeitando a ameaça do uso da força nas relações internacionais, para que a paz e a cooperação se sobreponham às políticas de ingerência, militarismo e guerra», considera o CPPC.

Sem esquecer «o respeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas e da Acta Final da Conferência de Helsínquia, caminho para assegurar os direitos dos povos, a paz, a segurança e a cooperação», exige-se que o Governo português «não contribua para o agravamento do conflito e do militarismo» e «cumpra os princípios da Constituição da República Portuguesa – nascida a 25 de Abril de 1974, que está a completar 50 anos – como o direito à autodeterminação dos povos, a não ingerência nos assuntos internos de outros Estados, a solução pacífica dos conflitos internacionais, a dissolução dos blocos político-militares, o desarmamento geral, simultâneo e controlado».