Escalada de juros prejudica povo e País

Re­a­gindo ao anúncio, por parte do Banco Cen­tral Eu­ropeu (BCE), do oi­tavo au­mento con­se­cu­tivo das taxas de juro do cré­dito à ha­bi­tação, para os 4%,, e de um novo cres­ci­mento agen­dado para Julho, o PCP su­blinha que «esta opção, to­mada em nome do com­bate à in­flação, está a ar­rasar as con­di­ções de vida de cen­tenas de mi­lhar de fa­mí­lias». Isto de­pois de terem sido «em­pur­radas para a aqui­sição de casa pró­pria, con­traindo em­prés­timos à ha­bi­tação que, desde Julho de 2022, já foram agra­vados em va­lores de 100€, 200€, 300€, 400€ e mais euros».

«Pe­rante esta es­ca­lada nas taxas de juro, que tem pro­por­ci­o­nado lu­cros co­los­sais aos prin­ci­pais bancos na­ci­o­nais – que agravam as pres­ta­ções dos em­prés­timos ban­cá­rios e re­mu­neram por baixo os de­pó­sitos –, o Go­verno por­tu­guês as­sume uma ati­tude de com­pleta sub­ser­vi­ência, quer às im­po­si­ções do BCE, quer pe­rante os in­te­resses da banca», acusa ainda o Par­tido, para quem «o com­bate aos im­pactos da in­flação exige (…) o au­mento dos sa­lá­rios e das pen­sões, re­cu­pe­rando o poder de compra per­dido; a re­gu­lação dos preços dos bens e ser­viços es­sen­ciais; o com­bate a todas as formas de es­pe­cu­lação, in­cluindo pela ta­xação ex­tra­or­di­nária dos lu­cros dos grupos eco­nó­micos e das mul­ti­na­ci­o­nais; a pro­moção da paz, em vez da es­ca­lada de con­fron­tação, guerra e san­ções».

Para o PCP, «o au­mento das taxas de juro de re­fe­rência não tem que se re­flectir no agra­va­mento das pres­ta­ções ao banco», já que o Go­verno pode co­locar os lu­cros dos bancos a su­portá-lo, como os co­mu­nistas têm pro­posto. O Par­tido sa­li­enta, também, que «esta de­cisão do BCE torna ainda mais claro a quem serve a po­lí­tica mo­ne­tária e o Euro, bem como os custos para o País da perda de so­be­rania mo­ne­tária. Uma po­lí­tica com a qual PS, PSD, CDS, Chega e IL estão de acordo e com a qual é pre­ciso romper».



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