COMBATER AS DESIGUALDADES, LUTAR PELA PAZ

«abrir caminho a uma outra política»

Em pleno período estival, a imensa maioria dos portugueses vêem-se confrontados com um custo de vida cada vez mais insuportável. Agrava-se a situação económica e social do País, com os salários e pensões a desvalorizar-se, os lucros dos grupos económicos a subir e, em consequência, as desigualdades e injustiças sociais a alastrar.

É face a esta situação que se desenvolve a luta dos trabalhadores em diversas empresas e locais de trabalho, como acontece, entre outros, nos sectores da hotelaria, da saúde, mas também nos transportes. Lutas que, em muitos casos, já deram resultados positivos, nomeadamente no aumento dos salários.

É também face a esta situação que as populações intensificam a luta por serviços públicos de qualidade, em defesa do Serviço Nacional de Saúde, em defesa da Escola Pública (quando se aproxima o início de novo ano lectivo), contra o aumento do custo de vida, pelo direito à habitação.

É ainda face a esta situação que o PCP desenvolve a sua iniciativa e intervém na defesa dos direitos e pela afirmação da sua proposta de política alternativa – a política patriótica e de esquerda – com soluções para os problemas que afectam os trabalhadores, o povo e o País.

Uma política alternativa que, rompendo com décadas de política de direita (da responsabilidade de PS, PSD, CDS a que se juntam agora o Chega e IL), dê centralidade ao trabalho e aos trabalhadores; promova o aumento dos salários e pensões; valorize e reforce os direitos dos trabalhadores; defenda e reforce as funções sociais do Estado e os serviços públicos; dinamize e aumente a produção nacional; assegure o controlo público de empresas e sectores estratégicos; garanta a justiça fiscal; assuma a necessidade de uma relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza; liberte o País da submissão ao euro e das imposições e constrangimentos da UE; assegure o desenvolvimento e a soberania nacionais, num quadro de defesa da paz e da cooperação entre os povos.

Trata-se de uma alternativa que torna imprescindível o reforço do PCP. Como o Partido tem vindo sucessivamente a afirmar, confirmou-se, ao longo de décadas, que mais força ao PCP contribui para melhorar a vida, avançar nos direitos dos trabalhadores e do povo, afirmar e garantir os interesses nacionais, enquanto que menos força ao PCP facilita o retrocesso, agrava a exploração, fragiliza o futuro do País.

É no reforço do PCP, da sua influência social, política e eleitoral e na intensificação e alargamento da luta de massas que reside a chave para a inversão do actual rumo do País.


Realizou-se a semana passada a Jornada Mundial da Juventude 2023, em Lisboa. O PCP agiu de acordo com a sua posição de princípio: separação das igrejas e do Estado; respeito pelas crenças religiosas e afirmação da sua concepção científica do mundo e da vida.

Para lá da larga presença multicultural com a vinda de milhares de jovens de muitas nacionalidades que a Jornada trouxe ao nosso País, o que de mais importante fica são temas que o Papa fez questão de sublinhar quer quanto à paz e caminhos de solução dos conflitos e guerras, ao contraste entre a aposta armamentista em prejuízo da resposta e combate às desigualdades, ao avolumar das injustiças e ao seu alimento em formas de exploração e precarização da vida designadamente dos jovens, à questão das migrações, à protecção do ambiente e à sua relação com o social, ao estimulo à iniciativa na superação de obstáculos e dificuldades. Independentemente de pontos de vista e ângulos de abordagem distintos, são afirmações com inegável actualidade e significado.


Avança a preparação da Festa do Avante com uma forte participação dos militantes e organizações do PCP mas igualmente com um destacado conjunto de amigos da Festa – que se alarga – que, associando trabalho e convívio, se envolvem em todas as tarefas que garantam o seu êxito.

Dando prioridade à divulgação da Festa e à venda da EP e não deixando de dar a devida atenção à sua construção, importa fazer da Festa de 2023 um acontecimento político-cultural de grandes dimensões.

 

Entretanto, no momento em que se assinala o 78.º aniversário do lançamento de bombas atómicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, o PCP tomou posição, para que se não perca a memória desse monstruoso crime e se retire dessa tragédia, que provocou milhares de mortos e sofrimento que perdura até hoje, ensinamentos para a luta contra o militarismo e contra a guerra e pelo desarmamento.

O PCP considera que a luta contra a política militarista do imperialismo, pela paz e o desarmamento é inseparável da luta contra a exploração e pelos direitos sociais e políticos dos trabalhadores e dos povos.

Ao evocar Hiroshima e Nagasaki, o PCP apela ao povo português, e particularmente à juventude, para que intensifique a luta pela paz e o desarmamento.