- Nº 2594 (2023/08/17)

Médicos no Reino Unido em nova vaga de greves

Europa

Milhares de médicos de todo o Reino Unido levaram a cabo uma greve de quatro dias no âmbito da luta em curso por melhores salários e condições de trabalho.

A Associação Médica Britânica (BMA, na sigla em inglês) informou que a greve prolongou-se ao longo de 96 horas, de sexta-feira, 11, até terça-feira 15. No primeiro dia de paralisação, os associados da BMA manifestaram-se no centro de Londres.

Recentemente, o governo do Reino Unido apresentou uma proposta «final» de remuneração aos médicos e anunciou que não haverá mais negociações.

Segundo a proposta governamental, os médicos receberão um aumento salarial que varia de 8,1 a 10,3 por cento, em relação aos salários actuais. A BMA discorda e exige uma recuperação do salário dos médicos equivalente ao que ganhavam em 2008, o que se traduz num aumento de 35 por cento.

 

Greve dos ferroviários
no Reino Unido

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários, Marítimos e do Transporte (RMT) confirmou a realização de greves nos dias 26 de Agosto e 2 de Setembro, por melhores salários e condições laborais.

A organização sindical espera a participação de cerca de 20 mil membros que trabalham para 14 empresas operadoras de comboios.

A paralisação segue-se a meses de discussões infrutíferas entre trabalhadores e patronato. Os sindicatos, que exigem melhores salários e segurança laboral, rejeitaram a insuficiente proposta das empresas.

 

Pilotos da Ryanair
em greve na Bélgica

Um total de 88 voos da Ryanair com partida ou chegada ao aeroporto de Charleroi, a 50 quilómetros de Bruxelas, programados para 14 e 15 de Agosto, foram cancelados devido a uma greve de pilotos da companhia.

Os sindicatos belgas CNE e ACV Puls informaram que a paralisação, a terceira num mês, é consequência da «intransigência da direcção da Ryanair». Denunciaram as condições de trabalho dos pilotos, em particular os tempos de descanso, e exigem à companhia irlandesa recuperar o nível salarial anterior à pandemia de Covid-19.

Apesar das reuniões entre sindicatos e direcção da Ryanair, ainda não se chegou a acordo. Os pilotos acusam a empresa de mudar unilateralmente os horários e folgas, o que é contra o acordo colectivo de trabalho em vigor.