Cerca de 100 pessoas estiveram, no dia 9, concentradas junto ao centro de saúde da Amadora para denunciar os cerca de 90 mil utentes do concelho que não têm médico de família. A iniciativa foi promovida pela CDU e contou com a participação da Comissão de Utentes da Saúde da Amadora.
Durante a iniciativa, António Borges, vereador da CDU na Câmara Municipal, referiu que a descentralização de várias competências na área da saúde da administração central para aquela autarquia PS é uma forma de desresponsabilização do governo. Para o eleito, aquele executivo municipal, que não consegue resolver os problemas que são da sua competência, não deveria ter aceitado uma função para a qual as autarquias não estão vocacionadas.
Nesse sentido, a CDU exigiu que o serviço prestado, no qual se inclui o acesso a consultas, à população da Amadora fosse melhorado e ressalvou a urgência da construção de um Centro de Saúde na Freguesia da Mina de Água e São Brás, cujos serviços estão há dez anos provisoriamente instalados em contentores.
Na Golegã
Na Golegã, a Organização Concelhia do PCP também chamou à atenção para os cerca de 700 utentes sem médicos de família atribuído, situação que se poderá agravar com o avançar de idade de diversos médicos que se poderão aposentar nos próximos anos.
O organismo comunista lembrou que a saúde não deve ser encarada como uma responsabilidade directa do município, mas sim do Estado que deve assegurar os profissionais de saúde necessários para garantir que todos os utentes do concelho possam ter atribuído um médico de família e, consequentemente, acesso a cuidados de saúde.
O PCP afirmou que o executivo municipal, dirigido pelo Movimento «2021 é o ano», deve assumir o seu papel institucional enquanto representante dos munícipes e exigir ao Governo que resolva este problema.
Na nota apela-se ainda à mobilização da população para a luta contra a política de desinvestimento do SNS levada a cabo pelo PS, PSD, CDS, Chega e IL.