BRICS debatem crescimento acelerado desenvolvimento e multilateralismo

Termina hoje, 24, em Joanesburgo, a 15.ª Cimeira dos BRICS, grupo que representa mais de 20% do PIB global e 42 por cento da população mundial. A cimeira decorre sob o lema «BRICS e África: associação para o crescimento mutuamente acelerado, o desenvolvimento sustentável e o multilateralismo inclusivo».

Mais de 20 países de diferentes continentes pediram a adesão aos BRICS

No quadro da Cimeira de Joanesburgo (e independentemente do balanço que oportunamente se venha a fazer), a par da reunião dos chefes de Estado e de governo – o anfitrião, Cyril Ramaphosa, da África do Sul: Xi Jinping, da China; Lula da Silva, do Brasil; Narendra Modi, da Índia; e Vladimir Putin, da Rússia (que participa por teleconferência, estando representado pelo ministro Serguei Lavrov) –, realizam-se outros eventos, com a participação de dezenas de convidados.

Uma das questões debatidas pelos BRICS é a da adesão de novos membros. Há 23 países que expressaram oficialmente a sua vontade de integrarem o grupo.

O presidente Xi Jinping expressou o seu apoio à expansão dos BRICS. Numa intervenção no Diálogo de Líderes do Fórum Empresarial BRICS 2023, que antecedeu a cimeira, foi lido um discurso de Xi defendendo mais cooperação com outros mercados emergentes e países em desenvolvimento. «Forjaremos uma associação estratégica BRICS mais forte, ampliaremos o modelo BRICS Plus, impulsionaremos activamente a expansão dos países membros», enfatizou.

No mesmo fórum, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, advogou por um maior investimento dos países BRICS em África. Realçou que a oportunidade de contribuir e participar na história do crescimento de África pode conseguir-se mediante uma maior cooperação em áreas como infra-estrutura, agricultura, manufactura, novas energias e economia digital.

Por seu turno, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, destacou que os BRICS podem contribuir de maneira significativa para o bem-estar global, em particular dos países do Sul.

Também Vladimir Putin, numa intervenção por teleconferência, reafirmou a disponibilidade da Rússia em fornecer cereais aos países mais necessitados, tanto de forma comercial como a título de auxílio gratuito.

Para o presidente do Brasil, Lula da Silva, o dinamismo da economia mundial está no Sul Global e os BRICS são a sua força motriz. Valorizou a decisão de criar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), salientando que o banco conjunto «deve ser um líder global no financiamento de projectos que abordem os desafios mais urgentes do nosso tempo». Ao diversificar as fontes de pagamento em moedas locais, ampliar a sua rede de parceiros e aumentar o número de membros, «o NBD constitui uma plataforma estratégica para promover a cooperação entre países», insistiu.




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