Por um mundo de paz!

Pedro Guerreiro

São muitos os que de­fendem e querem a paz

É já nos dias 1, 2 e 3 de Se­tembro que na Festa do Avante! terá lugar um vivo e im­pres­cin­dível mo­mento de inequí­voca so­li­da­ri­e­dade in­ter­na­ci­o­na­lista, com uma di­mensão e con­teúdo ím­pares no País.

Na Festa es­tarão pre­sentes de­zenas de de­le­ga­ções de par­tidos co­mu­nistas e de ou­tras forças re­vo­lu­ci­o­ná­rias e pro­gres­sistas, oriundas de di­fe­rentes re­giões do mundo, que nos trazem o tes­te­munho das suas re­a­li­dades, as­pi­ra­ções, lutas e con­quistas.

Na he­te­ro­ge­nei­dade das de­zenas de stands no Es­paço In­ter­na­ci­onal, nos múl­ti­plos de­bates e mo­mentos de so­li­da­ri­e­dade, no grande Co­mício da Festa, te­remos a opor­tu­ni­dade de cons­tatar que, ao con­trário do que a sis­te­má­tica cam­panha de de­sin­for­mação e ma­ni­pu­lação me­diá­tica pro­cura in­culcar, tem lugar e se de­sen­volve por todo o mundo uma firme, di­ver­si­fi­cada e va­lo­rosa re­sis­tência e luta contra a ex­plo­ração, a opressão, a agressão do im­pe­ri­a­lismo, contra o fas­cismo e a guerra, e em de­fesa da paz, da so­be­rania, da li­ber­dade, dos di­reitos, da de­mo­cracia, pelo de­sen­vol­vi­mento, pelo pro­gresso so­cial, pela ami­zade entre os povos.

Uma Festa que igual­mente com­pro­vará que em Por­tugal são muitos os que de­fendem e querem a paz, que são contra o mi­li­ta­rismo, que querem travar a es­ca­lada ar­ma­men­tista e de guerra, que são so­li­dá­rios para com aqueles que são alvo da in­ge­rência, da vi­o­lência, da de­ses­ta­bi­li­zação, da chan­tagem, do saque, do blo­queio do im­pe­ri­a­lismo.

O ca­pi­ta­lismo está mer­gu­lhado numa pro­funda crise, é res­pon­sável por bru­tais in­jus­tiças so­ciais e e in­capaz de cor­res­ponder às ne­ces­si­dades, aos in­te­resses e às as­pi­ra­ções dos povos.

A ofen­siva do im­pe­ri­a­lismo, le­vada a cabo pelos EUA e se­guida pela NATO e a UE, e por ou­tros países, como o Japão, a vi­o­lenta im­po­sição dos seus in­te­resses e da sal­va­guarda do seu do­mínio a co­berto de uma dita «ordem in­ter­na­ci­onal ba­seada em re­gras», mas também o pro­cesso de re­ar­ru­mação de forças no plano in­ter­na­ci­onal e a re­sis­tência em­pre­en­dida, têm alar­gado e di­ver­si­fi­cado as forças que ob­jec­ti­va­mente con­vergem na luta contra ob­jec­tivos do im­pe­ri­a­lismo.

Neste con­texto, a so­li­da­ri­e­dade in­ter­na­ci­o­na­lista ad­quire uma enorme im­por­tância. Assim como a cons­ci­ência de que a luta em de­fesa da so­be­rania e in­de­pen­dência na­ci­o­nais, a luta pela paz, estão in­ter­li­gadas à luta pelos di­reitos, pela de­mo­cracia, pelo pro­gresso so­cial.

A Festa do Avante! cons­titui, assim, uma ve­e­mente de­mons­tração de que não só existem forças no mundo que en­frentam os in­tentos do im­pe­ri­a­lismo, como está ao seu al­cance evitar a ca­tás­trofe para onde o im­pe­ri­a­lismo quer em­purrar a Hu­ma­ni­dade, con­ver­gindo numa ampla frente anti-im­pe­ri­a­lista e abrindo ca­minho a uma nova ordem in­ter­na­ci­onal de paz, so­be­rania, co­o­pe­ração, pro­gresso so­cial.

Cons­ci­ente das ame­aças e exi­gên­cias que a ac­tual si­tu­ação in­ter­na­ci­onal com­porta, con­fi­ante nas lutas que os tra­ba­lha­dores e os povos travam pelos seus di­reitos e an­seios, mesmo nas con­di­ções mais di­fí­ceis, o PCP con­ti­nuará firme nos seus de­veres pa­trió­ticos e in­ter­na­ci­o­na­listas, ci­ente que a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês é parte in­te­grante da luta mais geral pela eman­ci­pação na­ci­onal e so­cial no mundo.




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