- Nº 2596 (2023/08/31)

Mobilização para 16 de Setembro pelo Serviço Nacional de Saúde

Trabalhadores

Os profissionais de saúde, todos os trabalhadores e a população, em geral, são chamados a participar na Jornada Nacional de Defesa e Reforço do SNS,a 16 de Setembro, sábado, nas ruas por todo o País.

A CGTP-IN, que convocou a jornada, confirmou já o agendamento de manifestações, concentrações e desfiles em mais de duas dezenas de localidades.

O Serviço Nacional de Saúde «encontra-se sob intenso ataque», pois «décadas de política de direita na Saúde, que hoje não é alterada pelas opções do actual Governo PS, traduzem-se no desinvestimento e subfinanciamento do SNS, na falta de valorização dos seus profissionais, nas carências de equipamentos e em falhas na resposta aos utentes», afirma-se no folheto de informação e mobilização, que a CGTP-IN divulgou na semana passada. A confederação alerta que «esta situação só serve os grupos privados daSaúde», aos quais se destina «quase metade» do dinheiro da Saúde no Orçamento do Estado «para promover o negócio da doença, pagando serviços que o SNS poderia e deveria assegurar».

Ora, destaca a Intersindical Nacional, «não é no sector privado que está a solução para o direito à protecção da Saúde dos portugueses». No documento, recorda-se que «os grupos económicos constroem grandes unidades, a contar com o dinheiro de todos», mas «quando é preciso, a resposta tem de ser encontrada no SNS, como aconteceu durante a COVID-19».

O SNS «é a garantia do acesso universal à generalidade dos cuidados de Saúde, independentemente das condições económicas e sociais de cada um», uma condição essencial «à qualidade de vida da população e ao desenvolvimento do País».

Representando o SNS «a única garantia de que todos podem ter tratamento igual», «a sua defesa, exigindo investimento e melhoria das suas respostas, tem de ser uma luta de todos e para todos», sublinha a Inter. É que, «apesar de os centros de Saúde e os hospitais públicos sobreviverem com dificuldades», «é o SNS que garante a generalidade dos cuidados com impacto, nomeadamente, na redução da mortalidade infantil, na elevada cobertura vacinal e nos tratamentos inovadores».

A 16 de Setembro, «trabalhadores, reformados e pensionistas e outras camadas da população, comissões de utentes e todas as outras associações e organizações devem trazer para a rua as suas necessidades, os seus problemas, as suas reivindicações», apela a CGTP-IN, avançando com as exigências comuns de: mais meios, humanos, técnicos e financeiros; uma organização que assegure a todos o acesso ao SNS e, através dele, a cuidados globais, integrados, de qualidade e em tempo útil; a valorização de todos os profissionais; um SNS público, universal e gratuito.

 

Todos à rua!

Dinamizadas pelas estruturas distritais da CGTP-IN, estão confirmadas acções de rua, a 16 de Setembro, em mais de duas dezenas de localidades.