Foi esta a mensagem (ver título) que Catarina Menor, membro da Comissão Política da Direcção Nacional da JCP, destacou em conversa com o Avante!.. Nesta mensagem, pintada num dos muitos painéis que coloriam a Cidade da Juventude, desenhava-se o grande desafio dos nossos tempos: lutar contra a injustiça, transformar o mundo, derrotar o capitalismo.
Se a Festa do Avante! «é a festa da juventude, onde há espaço e tempo para os encontros felizes, para a molhada nos concertos, para as conversas prolongadas, para o barulho preferido, para os amores, para as noites quase intermináveis», onde «não faltam os sonhos e anseios e a realidade da vida e da luta dos jovens está presente em debates e exposições: a defesa da paz, do ambiente e de todas as formas de igualdade», a Cidade da Juventude, espaço construído e dinamizado pela Juventude Comunista Portuguesa, tem um programa repleto de debates, exposições, performances e muita música que atrai os jovens para o seu seio.
As mesas onde se trocam os olhares dos reencontros, se prova a comida vegetariana ou se bebe a amizade e as conversas são as mesmas mesas onde se debate a escola de Abril e a Revolução que a tornou possível, a luta pela paz, a denúncia e o combate contra o imperialismo, a defesa das conquistas democráticas e a luta por uma vida melhor, convergindo na necessidade de a juventude tomar nas suas mãos os destinos das suas vidas, lutar pelos seus direitos enquanto estudantes ou trabalhadores, batalhar pela sua emancipação social e humana, construir caminhos de justiça social, progresso e felicidade. Problemas, objectivos e valores que os jovens comunistas levaram a toda a Festa.
Nesta Cidade falou-se dos problemas do presente, do futuro e da luta que o há-de tornar possível. Abordou-se os problemas da juventude e a saúde mental, a partir do retrato inquietante tanto na escassez de recursos de acompanhamento psicológico nas escolas, incapazes de auxiliar os jovens no seu percurso educativo, confrontados com um sistema de ensino que se centra no sucesso nos exames como elemento definidor do futuro escolar, ignorando o valor da aprendizagem contínua e integral, como nas questões relacionadas com a precariedade que caracteriza a realidade laboral da esmagadora maioria da juventude e que instabiliza a sua vida, atrasa a saída de casa dos pais, a constituição de núcleo familiar próprio, condiciona as suas opções de futuro. Esta é a face que o capitalismo apresenta à juventude. Uma face que os jovens comunistas não aceitam e combatem com entusiasmo e confiança.
«Nesta Festa muitos jovens que não conhecíamos chegavam à Cidade da Juventude com vontade de conviver e debater, comer a comida de que gostam, ouvir a música de que gostam, foi uma Festa alegre, uma Festa de camaradagem», sublinhou Catarina Menor, acrescentando que também para a juventude esta foi a Festa da cultura: «o concurso de bandas Novos Valores aliou mais uma vez a criação artística com mensagens e intervenções políticas que exprimem a verdadeira valorização da cultura, dando visibilidade a artistas jovens». «Tanto o concurso de novos valores como as participações musicais na Cidade da Juventude e as sessões com DJ sets contribuíram para a consciencialização do valor que se deve dar à cultura», concluiu a dirigente comunista.
Esta edição da Festa do Avante! começou a assinalar os 50 anos do 25 de Abril e a Cidade da Juventude dedicou uma exposição ao processo revolucionário, espalhando pelos painéis do espaço as conquistas da Revolução: «as portas que Abril abriu.»
Das portas que Abril abriu vemos o fim da rua e um outro mundo – vivemos a transformar a vida de uma ponta à outra. E esta alegria que a Festa nos dá – fazemos dela força e combatividade para lutar por um País e um mundo mais livres, mais justos e mais fraternos, olhando para os valores e ideais revolucionários de Abril como inspiração e garantia de futuro.