- Nº 2597 (2023/09/7)
Pavilhão da Mulher

O que falta para que Abril se cumpra?

Festa do Avante!

O que falta para que Abril se cumpra na vida das mulheres? O que esperam as mulheres do PCP? Estas eram as duas perguntas a que as visitantes do Pavilhão da Mulher eram convidadas a responder. Depositadas numa «Caixa das Mensagens», as respostas serão agora lidas e analisadas – contribuindo seguramente para que o PCP continue a ser, como é desde há 102 anos, o mais firme defensor e porta-voz da luta e dos direitos das mulheres.

Mas aquelas questões, presentes na luta diária que se trava em todo o País pela efectiva igualdade, estiveram também em destaque nos quatro debates: A Revolução de Abril e os direitos das mulheres, As mulheres na Cultura e a Cultura e as mulheres, A Constituição e os direitos das mulheres e Para o País avançar a vida das mulheres tem de melhorar permitiram aprofundar conhecimentos, esclarecer dúvidas e trocar pontos de vista sobre o lugar da luta pelos direitos das mulheres no combate mais geral pela transformação social, o fosso entre os direitos consagrados e os efectivamente concretizados, as palavras de ordem mais eficazes para unir as mulheres num combate que é justo e necessário.

Instalado num local privilegiado – que permitia descansar, admirar a vista panorâmica sobre o Tejo e Lisboa e, ao mesmo tempo, tão perto do Palco 25 de Abril, do Auditório 1.º de Maio ou do Espaço Central –, o Pavilhão da Mulher mostrou ainda que as palavras das mulheres são, também elas, uma forma de intervenção: por ali passaram textos de Ana Abel, lidos pela própria, bem como de Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa, Natália Correia e Sophia de Mello Breyner Andresen. Foi ainda lido um poema de Maria Alda Nogueira, escrito na prisão, assinalando assim o centenário do seu nascimento.