- Nº 2597 (2023/09/7)

Mais apoios para aumentar a produção agrícola

PCP

O Secretário-Geral do PCP alertou para os perigos da liberalização dos direitos de plantação da vinha nos países da UE, que terá consequências muito negativas para os produtores nacionais.

Em causa está o facto de os países da União Europeia poderem vir a aumentar a plantação da vinha em 1 por cento. Segunda-feira, durante uma visita às Festas das Vindimas de Palmela, que este ano celebram 60 anos, Paulo Raimundo sublinhou que este é um «problema» para a região de Setúbal, mas também para o País. «Um por cento do espaço cultivado em França, em Espanha ou Itália é, por si só, superior a toda esta região [de Setúbal]», precisou, assegurando que ali há «bom vinho, de grande e reconhecida qualidade» e, nesse sentido, «é preciso» mais apoios para aumentar a produção e parar de pagar para que «se deixe de produzir».

A actual situação comprova a necessidade de uma política patriótica e de esquerda que assuma a defesa da produção nacional. Com o «apoio» do PCP «vamos pôr a produção vinícola a andar para a frente» porque «esta região e o País precisam», assegurou.

A iniciativa foi acompanhada por Armindo Miranda, da Comissão Política do PCP, e pelos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal de Palmela, respectivamente, Álvaro Amaro e Ana Teresa Vicente.

 

Autoeuropa

Interrogado pelos jornalistas sobre a paragem de produção na Autoeuropa (de 11 de Setembro a 12 de Novembro), devido às dificuldades de um fornecedor da Eslovénia, o Secretário-geral do PCP defendeu que «as medidas que se venha a tomar» devem contemplar as empresas do parque industrial junto à fábrica da Volkswagen de Palmela, que «tem tantos ou mais trabalhadores» que a Autoeuropa.

«Estamos a falar de uma empresa com uma capacidade extraordinária de produção, com um número enorme de trabalhadores, mas o seu dia-a-dia depende de outras empresas noutros pontos do mundo para a produção que é feita cá. O que nós precisamos é de criar as condições para que aquilo que faz falta também possa ser produzido em Portugal», concluiu.