1934 – A noite das facas longas

Adolf Hi­tler foi eleito chan­celer da Ale­manha em 30 de Ja­neiro de 1933, mas à época o seu par­tido nazi, que a partir de Julho desse ano se tornou no único par­tido po­lí­tico au­to­ri­zado no país, ainda não de­tinha o poder ab­so­luto. Fal­tava-lhe o con­trolo das forças ar­madas e o apoio dos con­ser­va­dores para ga­rantir a Hi­tler a pre­si­dência do Reich. Mas os mi­li­tares te­miam o cres­cente poder das Sturm Ab­tei­lung («Sec­ções de As­salto», as SA), mi­lí­cias pa­ra­mi­li­tares co­nhe­cidas como «Ca­misas Cas­ta­nhas», então co­man­dadas por Ernst Röhm, que pri­mavam pelo feroz com­bate aos opo­si­tores po­lí­ticos de Hi­tler, per­se­guindo em par­ti­cular os co­mu­nistas. As SA che­garam a ter mi­lhões de mem­bros e as­pi­ravam ser o em­brião do fu­turo exér­cito nazi. Hi­tler sentiu a sua au­to­ri­dade ame­a­çada e aco­lheu a versão sus­ten­tada por Hein­rich Himmler, chefe das SS, de que Röhm pre­pa­rava um golpe. Con­vocou então os chefes das SA para Bad Wi­essee, na Ba­viera, os quais foram quase todos mortos na noite de 29 para 30 de Junho, tal como vá­rios ac­ti­vistas con­ser­va­dores, ca­tó­licos e co­mu­nistas con­si­de­rados como obs­tá­culos aos nazis. Röhm foi as­sas­si­nado na prisão. A purga ficou co­nhe­cida como «A noite das facas longas», ex­pressão ainda hoje usada no ajuste de contas em par­tidos po­lí­ticos.