Apoios na habitação excluem máximo de professores

Por aquilo que foi re­ve­lado, sem co­mu­ni­cação do texto nem a ne­go­ci­ação com os sin­di­catos, o pro­jecto de di­ploma saído do Con­selho de Mi­nis­tros de 23 de No­vembro, sobre apoios para custos com ha­bi­tação de do­centes des­lo­cados, «tenta ex­cluir ao má­ximo os pro­fes­sores». A crí­tica foi re­a­fir­mada no dia 4, se­gunda-feira, por Mário No­gueira, à saída de uma reu­nião no Mi­nis­tério da Edu­cação, onde a Fe­de­ração Na­ci­onal dos Pro­fes­sores apre­sentou as suas pro­postas nesta ma­téria e exigiu so­lução para os do­centes que per­ma­necem num pe­ríodo pro­ba­tório que «não faz ne­nhum sen­tido».

O Se­cre­tário-Geral da FEN­PROF, em de­cla­ra­ções aos jor­na­listas, res­salvou que não se tratou de uma reu­nião de ne­go­ci­ação, mas ad­mitiu que o Go­verno, ainda antes do úl­timo Con­selho de Mi­nis­tros, possa cor­rigir o pro­jecto de di­ploma, porque os apoios são ne­ces­sá­rios aos pro­fes­sores, que não con­se­guem su­portar os custos da ha­bi­tação.

A 27 de No­vembro, a fe­de­ração exigiu a ne­go­ci­ação do pro­jecto e adi­antou o que iria propor:

– apoio a do­centes co­lo­cados em qual­quer re­gião, e não apenas no Al­garve ou em Lisboa;

– de­pen­dente da taxa de es­forço, re­la­ti­va­mente à ha­bi­tação, e não da dis­tância para a re­si­dência prin­cipal, nem da exis­tência de se­gunda ha­bi­tação;

– uma taxa de es­forço cal­cu­lada con­so­ante o sa­lário lí­quido e a di­mensão do agre­gado fa­mi­liar;

– con­si­derar os va­lores de rendas e de pres­ta­ções ban­cá­rias;

– au­mentar o li­mite para 500 euros (em vez de 200);

– sem um li­mite tem­poral (e não apenas até 2025), em­bora possa ter ava­li­ação pe­rió­dica.

Para re­solver o pro­blema da ha­bi­tação dos pro­fes­sores, Mário No­gueira de­fendeu que, «em pri­meiro lugar, tem de haver sa­lá­rios de­centes», e os apoios de­ve­riam passar pela dis­po­ni­bi­li­zação de re­si­dên­cias. «Se assim não for, isto não pas­sará de uma ma­nobra de pro­pa­ganda», acusou, lem­brando o úl­timo anúncio de «casas para pro­fes­sores», que se li­mitou, na prá­tica, a sete ha­bi­ta­ções em Lisboa e quatro no Al­garve, para cen­tenas de can­di­datos e quando há mi­lhares de des­lo­cados.

 



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