Luta no Global Media Group tem solidariedade empenhada do PCP

Com presença solidária durante a greve no Jornal de Notícias, na semana passada, e com iniciativas no Parlamento, o PCP apoia a luta em defesa do emprego e dos direitos no Global Media Group.

A situação no GMG suscitou várias iniciativas do Partido

Durante a greve de dias 6 e 7, no Jornal de Notícias, o deputado Alfredo Maia e eleitos comunistas em órgãos das autarquias locais do Porto estiveram com os jornalistas em luta, «em defesa dos seus postos de trabalho, da preservação e pelo futuro do JN, património único e insubstituível da cidade do Porto, da região Norte e do País», como referiu a Direcção da Organização Regional (DORP) do PCP, num comunicado que emitiu no primeiro dia da paralisação.

O Sindicato dos Jornalistas, no dia 9, assinalou que a adesão foi total no JN, o qual «pela primeira vez, em 135 anos de história, não saiu para as bancas durante dois dias», e «também aderiram trabalhadores de outros títulos» do GMG. Em Lisboa, no dia 7, ocorreu um protesto que juntou pessoal do JN, O Jogo e Global Imagens.

Um voto de saudação e solidariedade à luta no JN foi apresentado pela CDU na Assembleia Municipal de Vila Nova Gaia e aprovado por unanimidade, no dia 7.

A DORP recordou que o Partido «tem vindo a acompanhar com preocupação, mas também com iniciativa, a situação na empresa Global Media Group, e em particular no JN», que ganhou contornos ainda mais graves com o atraso no pagamento dos salários e do subsídio de Natal e com o anúncio da intenção de despedir 150 a 200 pessoas, no JN, na TSF e O Jogo.

Na Assembleia da República, o PCP apresentou propostas para preservação e classificação do arquivo do JN e da sua sede, no centro do Porto, e manifestou apoio à acção de protesto dos seus trabalhadores, quando da transferência para as actuais instalações, em 24 de Julho.

A 24 de Novembro, foi dirigida uma pergunta ao Governo (tutelas do Trabalho, da Cultura e Comunicação, da Economia e das Finanças) sobre a situação na empresa, medidas de salvaguarda dos postos de trabalho e dos direitos dos trabalhadores, a garantia de transparência da propriedade do GMG e o estado da negociação da alienação das acções da Agência Lusa detidas pelo grupo.

Na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, o PCP apresentou um requerimento, aprovado dia 7 por unanimidade, para a audição das delegadas sindicais dos jornalistas naqueles órgãos de informação, bem como da presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, «contribuindo para que a ERC esclareça a identificação dos detentores do capital do GMG», em particular o fundo de investimento World Opportunity Fund.

A CGTP-IN, que no dia 7 saudou a luta no JN, assinalou que «a concentração da propriedade de empresas de comunicação social, a crescente presença de capital estrangeiro e da banca nas estruturas accionistas, a concentração da publicidade e a sua influência na sustentabilidade dos órgãos de comunicação social aceleraram a comercialização da informação», «em prejuízo da informação séria e independente».

Anteontem, dia 12, o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT/CGTP-IN) condenou a «política de choque e terror» no GMG. Também o SJ repudiou o «plano de saídas» apresentado pela administração do grupo.

Ao expressar «toda a sua solidariedade empenhada à luta em curso no JN», a DORP salientou «a importância da missão dos seus profissionais e do jornal».



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