No mês de De­zembro es­tarão a ocorrer ofi­cinas de artes da pesca no Rio Minho, pro­mo­vidas pela Asso­ci­ação Pes­queiras e pelo pro­jecto Raízes. A ini­ci­a­tiva pre­tende trans­mitir o co­nhe­ci­mento sobre a pro­dução e re­mendo das redes de pesca uti­li­zadas nas pes­queiras, tendo sido pe­dida pelos pes­ca­dores, «pre­o­cu­pados com a falta de gente que sabe o ofício», se­gundo Isabel Do­min­gues,do pro­jecto Raízes.

Con­si­de­radas Pa­tri­mónio Ima­te­rial desde 2022, as redes são usadas nas pes­queiras do Rio Minho, es­tru­turas em pedra que con­sistem em muros que im­pedem o curso do peixe, obri­gando-o a passar pelas aber­turas na bar­reira, aca­bando por ser apa­nhado.

Num total de 900 pes­queiras no rio (al­gumas mi­le­nares), 150 estão ac­tivas no lado por­tu­guês (com 90 em Es­panha). Já dos 250 pes­ca­dores na re­gião, «menos de 5 por cento sabe pro­duzir as redes», ga­rante Isabel Do­min­gues, pre­o­cu­pada com a trans­missão deste co­nhe­ci­mento an­ces­tral.