Vêm aí as eleições legislativas, marcadas para 10 de Março. Falta pouco mais de dois meses.

Aquilo a que temos assistido desde a demissão do Governo e a decisão do Presidente da República de dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas antecipadas – já passaram quase dois meses – é a um declinar de responsabilidades e desfilar de promessas, como se, para trás, não existisse um histórico de actos, medidas, opções, responsabilidades políticas e os problemas com que os trabalhadores, o povo e o País estão confrontados nada tivessem a ver com a política prosseguida até aqui e resultassem de um mero acaso, fatalidade ou mesmo do nada.

Ora, perante este quadro, é de decisiva importância desenvolver o contacto com os trabalhadores, o povo, os reformados e pensionistas, os jovens, os micro, pequenos e médios empresários, os pequenos e médios agricultores, as mulheres, os profissionais da cultura e esclarecer:

Primeiro: que a causa fundamental dos seus problemas e dificuldades reside na política de direita que pelas mãos do PS, PSD, CDS, Chega e IL há décadas vem sendo desenvolvida e agravada e com a qual se torna imperativo romper;

Segundo: que há uma política alternativa patriótica e de esquerda com soluções para os problemas, que é preciso concretizar, condição essencial para que haja desenvolvimento, paz e progresso social;

Terceiro: que para garantir a ruptura com a política de direita e a opção por uma política alternativa se impõe desenvolver a luta de massas, reforçar o PCP e a CDU, esclarecer e mobilizar para o voto na CDU muitos outros democratas e patriotas.

É neste quadro político que continua a ser necessário afirmar que o reforço do PCP e da CDU é condição determinante para romper com décadas de política de direita e com os seus responsáveis, sejam quais forem as promessas e as máscaras com que, agora, se apresentem.

Quanto maior for a força do PCP e da CDU mais próximo e possível estará o avanço nas condições de vida, na conquista de direitos.

Quanto maior for a força do PCP e da CDU mais forte é a garantia da contenção e derrota dos projectos reaccionários.

Quanto mais reforçarmos o PCP e a CDU, melhores condições criaremos para a retoma dos valores de Abril. Mais próximos estaremos de uma política que resolva problemas candentes e problemas estruturais que há muito se arrastam sem solução e se aprofundam, que corrija injustiças, garanta uma justa distribuição da riqueza e aproveite plenamente o potencial do País.

Uma política que promova o aumento geral dos salários, o aumento de todas as pensões, visando a elevação do poder de compra, a revogação das normas gravosas da legislação laboral.

Por isso mesmo, é com confiança que encaramos a batalha eleitoral de 10 de Março, tal como encaramos as eleições para a Assembleia Legislativa Regional da Região Autónoma dos Açores de 4 de Fevereiro ou as eleições para o Parlamento Europeu a 9 de Junho.

O Ano de 2023 está a chegar ao fim. Um Ano Novo dealba no horizonte, carregado de exigências mas também de potencialidades para uma vida melhor. Potencialidades que se materializam com a luta concreta dos trabalhadores e do povo e o reforço da CDU na batalha política em que todos somos chamados a participar.