Em greve, funcionários judiciais concentraram-se no dia 19, de manhã, diante da direcção-geral da Administração da Justiça, no Parque das Nações, em Lisboa. O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, António Marçal, ao comentar as consequências da adesão de 80 por cento à luta, lembrou que, mesmo em dias sem greve, falta nos tribunais cerca de 40 por cento do pessoal necessário. Com a previsível aposentação de 400 profissionais, o défice poderá superar os dois mil funcionários, no final do ano.
A abertura urgente de 500 novos ingressos para oficiais de justiça é uma das principais razões das greves convocadas pelo SFJ ao trabalho fora das horas de serviço (por tempo indeterminado) e às manhãs (até 26 de Abril). Exige-se melhores condições de trabalho e de carreira, designadamente, com a regulamentação e remuneração do trabalho suplementar, a inclusão no vencimento do suplemento de recuperação processual e o acesso a todas as categorias com lugares vagos nos quadros.