Valorizar os professores para defender a Escola Pública

Os pro­fes­sores pre­cisam de ser res­pei­tados e va­lo­ri­zados para cum­prirem a sua im­por­tante função so­cial e para que seja de­fen­dida a Es­cola Pú­blica, con­cordam PCP e FEN­PROF, que es­ti­veram reu­nidos na se­mana pas­sada.

É pre­ciso va­lo­rizar a car­reira do­cente para que volte a ser atrac­tiva

As duas de­le­ga­ções, di­ri­gidas pelos res­pec­tivos se­cre­tá­rios-ge­rais (Paulo Rai­mundo, do PCP; e Mário No­gueira, da FEN­PROF), es­ti­veram reu­nidas no dia 18, na sede na­ci­onal do PCP. À saída, em de­cla­ra­ções aos jor­na­listas, o di­ri­gente co­mu­nista su­bli­nhou a «grande sin­tonia de opi­niões» entre as duas es­tru­turas na ava­li­ação da si­tu­ação na edu­cação e, es­pe­ci­fi­ca­mente, da­quela que os pro­fes­sores en­frentam. Con­cordam também no es­sen­cial das me­didas que pro­põem para de­fender a Es­cola Pú­blica.

Para a de­fesa da es­cola e da edu­cação, sa­li­entou Paulo Rai­mundo, «há um elo cen­tral em todo este pro­cesso, que é o pro­fessor», que para cum­prir o seu papel «pre­cisa de ser res­pei­tado e va­lo­ri­zado»: com car­reiras, re­co­nhe­ci­mento e con­di­ções de tra­balho ade­quadas, e o fim da pre­ca­ri­e­dade. Trata-se, ga­rante, de uma questão sig­ni­fi­ca­tiva na vida de mi­lhares de pro­fes­sores.

O Se­cre­tário-Geral do PCP de­fendeu uma vez mais a con­tagem in­te­gral do tempo de ser­viço dos pro­fes­sores e sa­li­entou a ne­ces­si­dade de criar con­di­ções para que «esta pro­fissão tão im­por­tante e es­tru­tu­rante para o nosso de­sen­vol­vi­mento tenha no­va­mente a atrac­ti­vi­dade ne­ces­sária». Com a pouca en­trada de gente nova na car­reira, alertou, «es­tamos em risco de acen­tuar ainda mais a re­a­li­dade já exis­tente, com mi­lhares de pro­fes­sores em falta».

 

Di­reitos e in­ves­ti­mento

Mário No­gueira ga­rantiu que a re­cu­pe­ração do tempo de ser­viço é apenas uma das pre­o­cu­pa­ções da FEN­PROF re­la­ti­va­mente a edu­cação e à Es­cola Pú­blica. Con­tudo, sa­li­entou, esta terá que ser efec­ti­vada ra­pi­da­mente, sob pena de muitos pro­fes­sores serem ex­cluídos.

Para o di­ri­gente sin­dical, num mo­mento em que o País en­frenta uma enorme falta de pro­fes­sores, a va­lo­ri­zação e o re­ju­ve­nes­ci­mento da pro­fissão terão de ser vec­tores fun­da­men­tais da po­lí­tica de um pró­ximo go­verno. De­fendeu também um maior in­ves­ti­mento na Edu­cação, com o fi­nan­ci­a­mento pre­visto para o sector a ter de se apro­ximar dos seis por certo do PIB, como re­co­men­dado in­ter­na­ci­o­nal­mente.

O Se­cre­tário-Geral da FEN­PROF de­fendeu ainda a ne­ces­si­dade de alocar mais re­cursos para a edu­cação in­clu­siva.

Para além de Paulo Rai­mundo, in­te­gravam a de­le­gação do PCP Jorge Pires, da Co­missão Po­lí­tica, e Te­resa Cha­veiro, do Co­mité Cen­tral. Mário No­gueira es­tava acom­pa­nhado pela pre­si­dente do Con­selho Na­ci­onal, Ma­nuela Men­donça, pelos se­cre­tá­rios-ge­rais ad­juntos Fran­cisco Gon­çalves e José Costa, e por ou­tros di­ri­gentes da fe­de­ração.




Mais artigos de: PCP

Portugal pode e deve reconhecer já o Estado da Palestina

O PCP absteve-se na votação de um projecto de resolução sobre a Palestina, aprovado na Assembleia da República por PS, PSD, IL, BE, PAN e Livre, por conter aspectos «negativos e questionáveis». Ao contrário do que foi divulgado, esse documento não recomenda o reconhecimento do Estado da...