A decisão de encerrar no final de 2023 o Bingo do Vitória FC, em Setúbal, comunicada aos trabalhadores por um mandatário da direcção do clube e da SAD, com apenas três dias de antecedência, foi considerada como «lock-out» pelo Sindicato da Hotelaria do Sul. «O que está a ser feito vai contra o cumprimento da lei laboral», acusou o sindicato da FESAHT/CGTP-IN, que apoiou, no primeiro dia útil do ano, uma concentração dos trabalhadores à porta do salão de bingo, exigindo o acesso aos postos de trabalho e o pagamento dos salários em dívida.

No Centro Comercial de Vila Real, a empresa Palavravedeta encerrou o restaurante Big Bob’s, no dia 31 de Dezembro, mas não cumpriu as exigências legais, incluindo o pagamento das indemnizações e demais direitos dos trabalhadores, denunciou o Sindicato da Hotelaria do Norte.

A 21 de Dezembro, denunciou também este sindicato, foi encerrado o restaurante Piano Dine N’ Jazz, no Porto, sem que fossem pagos aos trabalhadores os seus direitos. Não foi formalizado nenhum motivo legal para o fecho do estabelecimento, pelo que «a gerência deixou os trabalhadores sem emprego e sem qualquer protecção social», acusou o sindicato.

Sem qualquer comunicação ou aviso prévio, a gerência do restaurante O Lagar, no Pechão (Olhão) encerrou o estabelecimento no dia 15, «deixando os trabalhadores ao abandono», denunciou o Sindicato da Hotelaria do Algarve. No vidro da porta principal, foi apenas colocado um aviso de «fechado para férias». A 25 de Janeiro, o sindicato repudiou esta atitude e revelou que os trabalhadores continuam a apresentar-se diariamente no local de trabalho.