Jerónimo de Sousa, membro do Comité Central do PCP, tem estado particularmente activo na campanha de contacto e esclarecimento que a CDU está a desenvolver em todo o País. No dia 31 de Janeiro esteve no distrito do Porto.
Primeiro almoçou com delegados, dirigentes sindicais e membros de Comissões de Trabalhadores, no Centro de Trabalho da Boavista, no Porto. Começou por dirigir uma saudação especial ao cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral do Porto e actual deputado, Alfredo Maia, e através dele a todos os candidatos a deputados à Assembleia da República (AR).
De seguida, apelou ao contributo de «todos e de cada um» para garantir «o reforço da tão necessária e imprescindível representação parlamentar do PCP na AR», tal como «a recuperação da representação parlamentar do PEV». «Mais deputados para potenciar o excepcional trabalho realizado pelo nosso Grupo Parlamentar, para o êxito do qual deram um importante contributo deputados deste circulo eleitoral que o integram e forçar a mudança na política que o País e este distrito do Porto precisam», sublinhou.
No que diz respeito aos trabalhadores, o dirigente comunista alertou para a «antiga e continuada ofensiva que não pode ser esquecida contra os direitos dos trabalhadores» e para o «recente e bem visível agravamento das injustiças sociais e laborais» e «das condições de vida e de trabalho do nosso povo».
«Não ignoramos as consequências da política de direita de décadas conduzida por PS, PSD e CDS que intensifica ao máximo a exploração», frisou, trazendo à memória os «sucessivos pacotes laborais, os PEC, o Programa de Agressão, as privatizações e os orçamentos do Estado restritivos, umas vezes em nome do défice, outras em nome da dívida ou das chamadas “contas certas”, sempre em prejuízo dos trabalhadores e do povo».
Encontro com reformados
Seguiu-se um encontro com reformados e activistas da CDU na Junta de Freguesia da Senhora da Hora, em Matosinhos, também com Alfredo Maia. Jerónimo de Sousa acusou PS, PSD, CDS, Chega e IL de convergirem nas políticas sobre o envelhecimento «centradas na desvalorização, não apenas das reformas e pensões, mas das políticas para dar resposta a um envelhecimento vivido com qualidade de vida, bem-estar físico e psicológico, com fruição saudável dos tempos livres e com respostas adequadas a uma vida com dignidade nas situações de dependência».
Na sua intervenção, alertou para o que o PS fez em 2007, com a criação de um mecanismo de actualização anual das reformas que as desvalorizou. Jáo governo do PSD/CDS, de Passos Coelho e Paulo Portas, suspendeu os aumentos anuais, «uma situação de desvalorização que só foi mitigada pelos aumentos extraordinários propostos pelo PCP, entre 2017 e 2021, que tornou possível repor e melhorar o poder de compra de mais de um milhão e 600 mil reformados e pensionistas», valorizou o dirigente comunista. Considerou ainda «insuficientes» os aumentos das reformas e pensões em Janeiro de 2024, decididos pelo Governo de maioria absoluta do PS, que «não permitem fazer face aos elevados preços dos bens e serviços essenciais».
Não há candidatos a primeiro-ministro
No sábado, 3, a Associação Desportiva Samouquense, em Alcochete, acolheu um almoço de reformados, com Miriam Boieiro, candidata da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal, e Jerónimo de Sousa, que, na sua intervenção, desmascarou a actual «cantilena» com os «velhos sofismas» dos «candidatos a primeiro-ministro» e do «partido vencedor das eleições». «Não há candidatos a primeiro-ministro e o que conta são as maiorias que se formam na nova AR eleita e não o partido mais votado nas eleições», afirmou, assegurando que o que «vai determinar e determinará o dia a seguir às eleições é a força e os deputados que o PCP e a CDU tiverem».
Entre outras propostas, destacou a proposta da CDU de uma subida extraordinária das reformas e das pensões num mínimo de 7,5 por cento e em 70 euros em todas as reformas e pensões, mas também promover o controlo dos preços dos bens essenciais; valorizar o Complemento Solidário para Idosos, elevando o seu valor de referência e o pagamento em 14 meses; promover o investimento numa Rede Pública de Lares; assegurar a gratuitidade do passe para todos os cidadãos com mais de 65 anos.