1913 – Nasce Aimé Césaire

O poeta, dra­ma­turgo, en­saísta e po­lí­tico da ne­gri­tude Aimé Cé­saire nasceu em Basse-Pointe, na Mar­ti­nica, então co­lónia fran­cesa. Aluno bri­lhante, fre­quenta as es­colas lo­cais até ao liceu, vai para a Uni­ver­si­dade em Paris como bol­seiro e aí co­nhece Léo­pold Senghor, que o toma sob a sua pro­tecção, con­vive com ou­tros es­tu­dantes ne­gros e toma cons­ci­ência do co­lo­ni­a­lismo e da dis­cri­mi­nação ra­cial. Em 1934 funda o jornal O es­tu­dante negro e lança as bases da ne­gri­tude, con­ceito que de­fende a iden­ti­dade negra e sua cul­tura. Re­gressa à Mar­ti­nica em 1939, como pro­fessor, e no mesmo ano pu­blica na re­vista Vo­lontés o poema Cahier d'un re­tour au pays natal, ver­da­deiro ma­ni­festo da ne­gri­tude, no qual con­tinua a tra­ba­lhar du­rante dez anos até à se­gunda edição, em 1947, com pre­fácio de André Breton. Eleito pre­si­dente da Câ­mara de Fort-de-France e mais tarde de­pu­tado na­ci­onal, alia a ac­ti­vi­dade po­lí­tica com a es­crita, dis­tin­guindo-se pelo per­ma­nente com­bate ao co­lo­ni­a­lismo e ao ra­cismo. So­leil cou coupé, Corps perdu, Et les chiens se tai­saient, Une saison au Congo, Une tem­pête tes­te­mu­nham o com­bate da vida de Aimé Cé­saire, a par dos cé­le­bres Dis­cours sur le co­lo­ni­a­lisme, e Dis­cours sur la né­gri­tude, ode à dig­ni­dade e igual­dade entre os ho­mens.