No domingo, 3, milhares de activistas e apoiantes da CDU participaram num desfile e comício na cidade de Lisboa, que contou com a presença de diversos candidatos pelo distrito, entre os quais o Secretário-Geral do PCP, Paulo Raimundo.
«Valorizar o trabalho e os trabalhadores. É hora. Mais força à CDU», podia ler-se na faixa que abria a torrente de comunistas, ecologistas e outros democratas que saía da Praça do Município, pela Rua Áurea.
Pela correnteza de pessoas, dessa faixa (carregada pelo Secretário-Geral e outros candidatos pelo círculo de Lisboa) até ao fim do desfile, ouviam-se palavras de ordem como «CDU a avançar para os salários aumentar», «CDU vamos votar, SNS a melhorar» ou, e sem dúvida a mais repetida, «CDU em frente, Abril hoje e sempre».
Na frente do desfile, cabia aos jovens, gritando palavras como «Juventude CDU, voto eu e votas tu», e encabeçados pelos candidatos da juventude pelo distrito, segurar uma faixa onde se lia «semear em Março para colher Abril». Cerca de uma hora passada, o largo conjunto de apoiantes desaguou no Rossio, dando início ao comício, que principiou com a actuação musical de Sebastião Antunes & Quadrilha.
Coube à candidata Cláudia Martins apresentar o comício, chamando ao palco, além do primeiro candidato pelo distrito de Lisboa Paulo Raimundo, oscandidatos Mariana Metelo, da Juventude CDU, João Geraldes, presidente da ID, Dulce Arrojado, da Comissão Executiva (CE) do PEV, António Filipe,do Comité Central (CC) do PCP, Mariana Silva, da CE do PEV, João Ferreira, João Frazão e Ricardo Costa, da Comissão Política do CC do PCP, Margarida Botelho, do Secretariado do CC, Francisco Lopes, da Comissão Política e do Secretariado, Inês Zuber, do CC e da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP, Duarte Alves, Tânia Mateus e ainda o Secretário-Geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira.
Com as lutas dos jovens
Mariana Metelo destacou a presença da Juventude CDU junto das lutas dos jovens nos seus locais de estudo (como na FCSH, FCUL e escolas secundárias do distrito) e trabalho (com os trabalhadores de centros comerciais pelo encerramento destas superfícies às 22h00, nos domingos e feriados).
«Se os problemas estão lá todos os dias, nós também temos de estar», afirmou, lutando pelo direito à saúde sexual, reprodutiva e mental, à paz, à igualdade e «pelo direito a ser quem se é».
«Juntem-se a nós, levem a luta até ao voto!», exclamou, afirmando um voto pelo «projecto mais belo, alternativo e de maior ruptura» possível: «uma terra sem amos».
Uma campanha de verdade
António Filipe deu destaque a uma campanha que se desenvolve em contacto directo com as pessoas, e que soma, a cada dia, mais apoiantes à CDU. Apoio para um voto nas suas próprias vidas.
Só a CDU desenvolve «uma campanha de verdade», recordou, que assenta«nos problemas reais da vida e em propostas sérias para os resolver». «Não se deixem enganar», afirmou, apelando a que cada candidato de outras forças políticas seja questionado sobre o que fez no passado, e não só sobre o que promete hoje.
Ao lado dos trabalhadores
Tiago Oliveirarealçou que «hoje são cada vez maiores os desafios com que os trabalhadores se vêem confrontados», num contexto onde os seus direitos encurtam, a precariedade aumenta, e os lucros dos grandes grupos económicos somam diariamente milhões de euros.
Para o dirigente da CGTP-IN, não é possível «estar ao lado do capitale», simultaneamente,«dos trabalhadores». Nesta contradição, lembrou, a CDU já escolheu um lado: «nós estamos do lado de quem trabalha». Uma opção reconhecida pelos trabalhadores (ver caixa) indignados pelas crescentes desigualdades sociais verificadas no País.
O único voto verde
Por seu lado, Mariana Silva afirmou o imperativo de se voltar a eleger deputados de «Os Verdes», dando corpoàs políticas que unem justiça ambiental e social, efazem com que o «único voto verde» seja na CDU.
A dirigente ecologista destacou, também, as muitas lutas do PEV e da CDU: junto das mulheres; pela mobilidade e em defesa do passe social único; pela água pública; pelo alargamento da rede ferroviária; pelo ambiente e contra o aquecimento global.
A alternativa de Abril
Paulo Raimundo iniciou a sua intervenção citando Ary dos Santos: «Lisboa, maré nua, que desagua no Rossio». Versos que caracterizaram aquele desfile numa «esperança (esta de que é feita a CDU) que hoje aqui está a desaguar».
As eleições de dia 10 serão, lembrou, «um momento de opções e de confronto», entre «os que, tal como a CDU», estão com os trabalhadores e o povo, e os que, como PS, PSD, CDS, CH e IL, «se submetem e protegem os interesses» do grande capital. «Os grupos económicos já decidiram em quem não vão votar», e não irão votar, certamente, na CDU, destacou.
Salários, pensões, SNS, habitação, cultura, direitos das mulheres e igualdade, legislação laboral, produção nacional – estas e outras são muitas das áreas que dão razão ao voto na CDU (ver caixa), recordadas pelo Secretário-Geral. Razões que se traduzem em propostas cuja concretização colocará o País no caminho de Abril. «Basta vontade e força política para andar para a frente», lembrou.
O dirigente comunista apontou, ainda, o crescente apoio à CDU em todos os sectores – um apoio à eleição de «deputados de Abril», que deve dar confiança para que, até às eleições, cada activista continue a falar, esclarecer e mobilizar, e que, dia 10, todos os «democratas dêem o seu voto à CDU», rompendo com o «rotativismo das políticas e dos partidos do costume».
Paulo Raimundo destacou, por fim, a CDU como a «alternativa necessária, a alternativa de Abril», apelando a que «tenhamos confiança nos trabalhadores, tenhamos confiança no povo, porque como sempre, hoje e para decidir o caminho, o povo é quem mais ordena»!
Trabalhadores com a CDU
Também no comício foi anunciado, por Tiago Oliveira, que já mais de 2200 dirigentes e delegados sindicais, membros de comissões e sub-comissões de trabalhadores, representantes dos trabalhadores em segurança e saúde no trabalho e outros membros de organizações representativas de trabalhadores, com ou sem filiação partidária, já manifestaram o seu apoio à CDU, a força que está ao seu lado.
Faz falta mais força à CDU
# O voto por melhores salários e pensões, pelo direito à habitação e à saúde para todos.
# O voto que não falha na hora de lutar por direitos e combater injustiças
# O voto que vale sempre para fazer a vida andar para a frente
# O voto que faz frente à direita, aos seus objectivos e aos seus promotores
# O voto que não faz apelos à esquerda para fazer a política de direita
# O voto na democracia, nos valores do 25 de Abril e no que a Revolução abriu para um Portugal mais justo e soberano