«Não é um discurso catastrofista, mas nós enfrentamos e vamos enfrentar um problema de falta de mão-de-obra qualificada para responder às necessidades que o País tem e para pôr o País a funcionar», afirmou Paulo Raimundo, em declarações aos jornalistas, na manhã de dia 28, após uma visita à Câmara Municipal (CM) de Santiago do Cacém.
Sobre a situação laboral dos trabalhadores daquela autarquia, com quem esteve também em contacto, o Secretário-Geral salientou que a questão se trata através de uma ideia central: «respeito por quem trabalha, valorização e progressão nas carreiras e o aumento dos salários», algo que, como disse, é «válido em Santiago do Cacém, em todas as CM e em todos os serviços públicos».
«Temos aqui pessoas a trabalhar há 10, 15, 20 anos, nesta ou naquela profissão, que recebem praticamente o mesmo do que quem chega agora. O problema não é daqueles que vêm agora, mas sim do que cá estão há anos que ficaram congelados nas suas carreiras e nas suas progressões», clarificou, criticando o SIADAP (Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho na Administração Pública), um «sistema profundamente injusto», a que é preciso, «de uma vez por todas, pôr fim».
O Secretário-Geral do Partido mencionou ainda a problemática questão da transferências de competências do Estado central para as autarquias, questão que «implicou a necessidade de mais trabalhadores para a gestão das câmaras, mais exigências para a gestão municipal», mas sem a «transferência das verbas financeiras adequadas».
Com Paulo Raimundo esteve Álvaro Beijinha, presidente da CM de Santiago do Cacém, gerida por um executivo da CDU.