Entre os dias 21 e 24, o PCP voltou a muitas das empresas onde estivera durante a campanha eleitoral, e tantas vezes antes disso, cumprindo o compromisso assumido pelo Secretário-Geral logo após as eleições. Em dezenas e dezenas de contactos com os trabalhadores e a população por todo o País, os comunistas reafirmaram respostas e soluções para os problemas e apresentaram-se com a coragem de sempre para defender Abril, as suas conquistas e valores.
Ao contrário do que por aí se tem dito, garantiu, não há qualquer razoabilidade em esperar pelo que um governo de direita possa fazer – pois é evidente aquilo que fará. Razoável é, pois, não dar espaço a qualquer recuo: na vida, no salário, nos direitos. Este tempo «é de luta», insistiu.
O documento que sustentou esta jornada resumia bem o que está em causa: «Passadas as eleições, os problemas permanecem. Os salários e pensões de reforma continuam curtos, a habitação inacessível para muitos, enquanto os grupos económicos lucram 25 milhões por dia. O que sobra em lucros para uns poucos falta a quase todos para responder às necessidades das suas vidas.»
Ora, acrescenta-se, PSD e CDS, Chega e IL não darão resposta a nenhum destes problemas. Pelo contrário, «querem um caminho de retrocesso, de ataque a direitos, de aprofundamento dos privilégios dos donos disto tudo, de riscos para o próprio regime democrático». São os seus programas e a sua prática política que o atestam.
Da parte do PCP, reafirmou-se no documento e nas muitas conversas entabuladas junto dos trabalhadores e das populações ficou claro o compromisso de combate, firme e coerente, à política de direita e aos projectos reaccionários, para defender a liberdade e a democracia.
Destacava-se ainda, no folheto, alguns dos compromissos que o PCP cumprirá logo na abertura dos trabalhos parlamentares (ver página 32), «honrando a palavra dada, confrontando os outros com o que andaram a prometer». Compromissos esses que são, também, bandeiras de luta dos que, para lá de «aritméticas parlamentares», farão a unidade para as respostas que se impõem para a maioria que vive do seu trabalho, e não para os milionários e accionistas, como salientou na CelCat o Secretário-Geral comunista.
Para muitas destas acções de contacto com os trabalhadores levou-se o Avante!, que puxou para manchete o sugestivo título: «PCP toma a iniciativa e está onde é preciso: Nas lutas por Abril, contra o projecto da direita.»
• Aumentar salários e pensões
• Salvar o SNS e assegurar o direito de todos à Saúde
• Garantir o direito à habitação
• Assegurar os direitos das crianças e dos pais, das mulheres, da juventude
• Defender o ambiente e a conservação da natureza
• Defender a paz