O PCP realizou, no passado domingo, 24, no Funchal, um almoço-comício onde participaram Edgar Silva, coordenador regional e membro do Comité Central, e Helena Câmara, pela JCP.
«Estes casos conduziram a Região para um estado de podridão, em que a Autonomia mais se assemelha a um esgoto a céu aberto, com um cheiro nauseabundo de descrédito e de descredibilização das instituições autonómicas», sublinhou.
Luta contra as injustiças
A tudo isto soma-se, para o dirigente comunista, «o agravamento da situação económica e social» na Região, resultado da incapacidade dos sucessivos governos regionais e da República «para a resolução dos grandes problemas económicos e sociais», sendo «urgente e necessário um novo rumo para o desenvolvimento».
Por estes motivos, e afirmando o PCP como a «força de Abril», também na Madeira o Partido iniciou uma campanha de contactos com os trabalhadores e as populações, vincando, segundo o deputado Ricardo Lume, os «compromissos de sempre com os trabalhadores e o povo» (ver páginas 16 e 17).
A juventude conta com o PCP
Também no almoço-comício, Helena Câmara sublinhou que «não estamos condenados a viver assim», sendo necessário lutar contra os baixos salários, a precariedade, os horários desregulados e o stress no trabalho, na garantia de «que o nosso futuro seja um futuro bom, com tudo aquilo a que temos direito».
A jovem lembrou, ainda, «que existe uma força capaz de combater e derrubar a política de direita»: o PCP. Uma força que, contra as «políticas de exploração e empobrecimento» de que a juventude da Madeira tem sido vítima, está junto dos jovens nas empresas, nas escolas e nos bairros, «a lutar contra as injustiças».
Acção parlamentar
Na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira (ALRAM), o deputado do PCP Ricardo Lume tem, também, travado uma luta contra as injustiças. Ainda no dia 20, defendeu o fim das propinas no Ensino Superior, exigindo, simultaneamente, enquanto existirem propinas por decisão do Governo da República, que o governo regional garanta o apoio de 50 por cento das mesmas aos estudantes das instituições públicas da Região.
Também na ALRAM, o deputado denunciou o facto de os programas do governo madeirense para o apoio à habitação não darem resposta às necessidades das populações, e não passarem apenas de propaganda, deixando, no essencial, tudo ficar na mesma, e assegurando os lucros da especulação imobiliária. Aqui, o comunista vincou que o mercado não dá resposta ao direito constitucional à habitação, antes pelo contrário.