- Nº 2628 (2024/04/11)

Greve e manifestação mostram determinação na EDP

Trabalhadores

«Não vamos parar na nossa luta, enquanto a valorização das nossas carreiras profissionais não for uma realidade» foi a mensagem entregue ontem em mão, na sede da EDP, pelos trabalhadores, em greve.

Com esta jornada de luta, que confluiu de todo o País para o Terreiro do Paço e, daqui, para a sede da EDP, na Avenida 24 de Julho (junto da qual umas dezenas de trabalhadores pernoitaram, em vigília), em dia de Assembleia Geral de accionistas, os trabalhadores foram dizer, à administração e aos que ali aprovaram receber dividendos milionários, que «os 1300 milhões de euros de lucros não existem por passes de mágica, são resultado do nosso esforço e dedicação».

Na Resolução, que aqui citamos, ficaram sintetizados os motivos de uma luta que vem desde Outubro do ano passado, pela valorização justa e sem discriminações das carreiras, nivelando pelas condições mais favoráveis aos trabalhadores. Desde 1 de Dezembro, decorre uma greve ao trabalho suplementar. A 24 de Janeiro, teve lugar uma concentração de centenas de trabalhadores junto da sede da empresa.

Os mais jovens quadros técnicos e superiores exigem «ser valorizados nas nossas carreiras profissionais e ter a esperança de que as nossas progressões, para atingir o topo das carreiras, se concretizam num tempo razoável da nossa vida activa». Os trabalhadores mais antigos querem «o reconhecimento de anos dados à empresa e chegar ao final da nossa vida activa de trabalho, valorizados profissionalmente».

«Não dá para esperar mais tempo, exigimos respostas às nossas exigências», sublinha-se no documento, assinalando que, se não fosse «a nossa unidade e o apoio de todas as estruturas sindicais na empresa», a administração «deixaria apodrecer um problema que apenas a nossa luta a obrigou a reconhecer que existe».

No protesto participaram, entre outros dirigentes sindicais, o coordenador da FIEQUIMETAL, Rogério Silva, e o Secretário-Geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira.

Uma delegação do PCP, dirigida pelo Secretário-Geral, Paulo Raimundo, compareceu na concentração, para reafirmar a solidariedade e apoiar a justa luta dos trabalhadores das empresas do Grupo EDP.