PCP rejeita no PE revisão da Governação Económica

Os de­pu­tados do PCP opõem-se à re­visão das re­gras da Go­ver­nação Eco­nó­mica, apro­vadas ontem no Par­la­mento Eu­ropeu, e pro­põem a re­vo­gação do Pacto de Es­ta­bi­li­dade e a sua subs­ti­tuição por um Pacto pelo Pro­gresso So­cial e pelo Em­prego.

De­pu­tados do PCP no Par­la­mento Eu­ropeu pro­põem re­jeição da re­visão das re­gras da Go­ver­nação Eco­nó­mica

O Par­la­mento Eu­ropeu votou, e aprovou, o acordo sobre a re­visão das re­gras da Go­ver­nação Eco­nó­mica, al­can­çado com o Con­selho Eu­ropeu e a Co­missão Eu­ro­peia. Esse acordo, in­formam os de­pu­tados do PCP num co­mu­ni­cado emi­tido na se­gunda-feira, 22, re­força «as re­gras ac­tu­al­mente em vigor – de im­po­sição de cons­tran­gi­mentos or­ça­men­tais aos Es­tados-Mem­bros com base nos va­lores de dé­fice e dí­vida –, com a in­tro­dução de um novo ele­mento de pressão sobre a des­pesa pú­blica».

Os de­pu­tados co­mu­nistas ga­rantem que este acordo im­pli­cará «ainda mais gra­vosas con­sequên­cias no fi­nan­ci­a­mento das fun­ções so­ciais do Es­tado e dos ser­viços pú­blicos, no in­ves­ti­mento pú­blico, cri­ando con­di­ções para in­ten­si­ficar a pressão para mais con­tenção sa­la­rial, mais re­tro­cessos nos di­reitos la­bo­rais e so­ciais, mais pri­va­ti­za­ções». Daí terem pro­posto, em con­junto com ou­tros de­pu­tados do Grupo Con­fe­deral da Es­querda Uni­tária Eu­ro­peia / Es­querda Verde Nór­dica – A Es­querda no Par­la­mento Eu­ropeu, a re­jeição deste acordo que, «re­a­fir­mando o Pacto de Es­ta­bi­li­dade, pro­cura re­forçar os cons­tran­gi­mentos na con­dução da po­lí­tica eco­nó­mica de países como Por­tugal».

Mas os eleitos do PCP não se li­mi­taram a exigir a re­jeição da re­visão da cha­mada Go­ver­nação Eco­nó­mica. Pro­põem também a re­vo­gação do Pacto de Es­ta­bi­li­dade e dos ins­tru­mentos co­nexos da Go­ver­nação Eco­nó­mica, e «a sua subs­ti­tuição por um Pacto pelo Pro­gresso So­cial e pelo Em­prego». Entre os prin­cí­pios que o al­me­jado pacto con­sagra contam-se a pro­moção do pleno em­prego e o re­forço do tra­balho com di­reitos; o re­forço dos ser­viços pú­blicos e fun­ções so­ciais dos Es­tados; o res­peito pela so­be­rania de cada Es­tado; e a con­cre­ti­zação dos prin­cí­pios de co­esão eco­nó­mica, so­cial e ter­ri­to­rial e da sus­ten­ta­bi­li­dade am­bi­ental.

Foi pre­ci­sa­mente isto que ficou plas­mado numa carta aberta pro­mo­vida pelos de­pu­tados do PCP no Par­la­mento Eu­ropeu, subs­crita por de­pu­tados de vá­rias na­ci­o­na­li­dades, que foi di­ri­gida à Pre­si­dência do Con­selho da União Eu­ro­peia, ao pre­si­dente do Con­selho Eu­ropeu, à pre­si­dente da Co­missão Eu­ro­peia e à pre­si­dente do Par­la­mento Eu­ropeu, Ro­berta Met­sola.

 



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