REFORÇAR A LUTA AFIRMAR A CDU
«Abril e Maio de confiança»
O 1.º de Maio convocado pela CGTP-IN, no seguimento das históricas comemorações do 25 de Abril, constituiu uma grande jornada de luta, preparada a partir da acção reivindicativa nas empresas e locais de trabalho, em todo o País, pelos direitos dos trabalhadores, pelo aumento dos salários e a valorização das reformas e pensões, pela elevação das condições de vida, pela dignificação do trabalho, combatendo a exploração e as discriminações.
Entretanto, potenciada pela força de Abril e da grande jornada do 1.º de Maio, desenvolve-se a luta nas próximas semanas, nomeadamente a jornada nacional de luta dos trabalhadores da Administração Pública, marcada pela Frente Comum para 17 de Maio, a greve nacional e concentração dos enfermeiros convocada pelo SEP e que amanhã se realiza, e as acções «Paz no mundo. Palestina livre. Não à guerra», amanhã no Porto e, no próximo sábado, em Lisboa. E que assumem particular importância perante a agressividade do imperialismo e face ao massacre do povo palestiniano.
É neste contexto de poderosa afirmação dos valores de Abril e de desenvolvimento da luta por um futuro melhor que a CDU intensifica a sua acção na preparação das eleições de 9 de Junho para o Parlamento Europeu. São diversas as iniciativas a decorrer pelo País com a participação do Secretário-Geral do PCP e de João Oliveira, 1.º candidato da CDU, dos membros do PCP, do PEV e da ID, dos candidatos e activistas da CDU e de muitos independentes que entendem que só reforçando a CDU se criarão melhores condições para defender os interesses dos trabalhadores, do povo e do País, no contexto de uma União Europeia dos monopólios, que cada vez mais limita a nossa soberania, impede o nosso desenvolvimento e condiciona o nosso futuro. Uma luta fundamental pela construção de uma outra Europa, de Estados iguais em direitos, de cooperação, de progresso social e de paz.
Foi no contexto da dinamização desta batalha eleitoral que se realizou, no Porto, sexta-feira passada, a sessão de apresentação do Compromisso da CDU, com a participação de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP e de João Oliveira, primeiro candidato da Coligação PCP-PEV a estas eleições.
Como referiu o Secretário-geral do PCP, nesta sessão, «aqui estão as propostas que apresentamos ao povo e aos trabalhadores, que são as ideias e objectivos que lhes servem e de forma particular numa altura em que tantos e novos desafios se colocam. Este é o momento em que se reforça a importância de haver mais deputados que no Parlamento Europeu sejam uma voz distintiva e corajosa, que não iludam dificuldades, e enfrentem as grandes potências e os senhores do dinheiro.»
De facto, o compromisso da CDU, ao contrário do compromisso do PS, PSD, CDS, Chega e IL de submissão às imposições da União Europeia, não é um compromisso para servir os interesses dos monopólios e das multinacionais, os tais que verdadeiramente têm beneficiado com a integração capitalista europeia. É um compromisso para servir os trabalhadores, o povo e o País. Para defender a soberania nacional, a produção nacional, os direitos de quem cá vive e trabalha, o aumento dos salários e das pensões, o reforço dos serviços públicos (desde logo, o Serviço Nacional de Saúde), para garantir o direito à habitação. Para afirmar a paz como um valor fundamental.
E enquanto prossegue e se intensifica a batalha das eleições para o PE e se intensifica também a batalha eleitoral na Região Autónoma da Madeira para a Assembleia Legislativa Regional, o PCP dinamiza a sua acção em todos os planos da sua intervenção, como aconteceu com numerosas iniciativas já apresentadas e algumas até já discutidas e votadas na AR e dinamiza a preparação do seu XXII Congresso, que se vai realizar em Dezembro (13, 14 e 15) e cuja preparação requer o envolvimento de todo o Partido.
Também a Festa do Avante!, a pouco mais de três meses da sua realização, requer particular atenção, nomeadamente à sua divulgação e venda antecipada da EP.
Abril aí está a demonstrar quão longe pode ir um povo decidido a trilhar o caminho do progresso e a superar os obstáculos que impedem a concretização do seu direito a uma vida melhor. A resistir e defender o muito de Abril que ainda está vivo e nos querem tirar. A lutar e avançar para romper com a política de direita e concretizar a política alternativa patriótica e de esquerda que nos liberte da submissão às imposições da União Europeia, valorize o trabalho e os trabalhadores e desenvolva o País.
O povo e os trabalhadores deram poderosos sinais de esperança, nos últimos dias. É preciso potenciar esta energia e confiança nas muitas lutas que se avizinham. Lutas de todos os dias, nos locais de trabalho e nas ruas. É preciso dinamizar os contactos, as conversas, os esclarecimentos para dar mais força à CDU. É preciso tomar a iniciativa, responder às exigências da situação que vivemos, reforçar o Partido.