«Gozar com a cara dos portugueses»

«Fan­to­chada», foi com esta pa­lavra que o de­pu­tado An­tónio Fi­lipe de­finiu a ini­ci­a­tiva do Chega re­la­tiva à cons­ti­tuição de uma co­missão par­la­mentar es­pe­cial para ana­lisar o que André Ven­tura qua­li­ficou de crime de «traição à Pá­tria» do Pre­si­dente da Re­pú­blica, a pro­pó­sito de afir­ma­ções por este pro­fe­ridas sobre a cha­mada «re­pa­ração his­tó­rica» num re­cente al­moço com jor­na­listas .

«De­sen­ca­dear um pro­cesso que visa pro­cessar cri­mi­nal­mente o PR por um crime tão grave como a traição à Pá­tria com base numa fu­ti­li­dade, obrigar a As­sem­bleia da Re­pú­blica a perder tempo com isso, a ter de cons­ti­tuir uma co­missão par­la­mentar es­pe­cial, a ter de ela­borar um re­la­tório, a ter de con­vocar um ple­nário es­pe­cial, a ter de gastar tempo e di­nheiro com isso, é gozar com a cara dos por­tu­gueses», sa­li­entou o par­la­mentar co­mu­nista, dia 17, na sessão ple­nária que apre­ciou a pre­tensão do Chega e que foi alvo de re­jeição por parte de todas as ban­cadas par­la­men­tares.

Pro­vi­eram to­davia da for­mação co­mu­nista as pa­la­vras mais duras, com An­tónio Fi­lipe a con­si­derar que André Ven­tura «pode querer achin­ca­lhar esta As­sem­bleia com as ini­ci­a­tivas que aqui apre­senta e com as gri­ta­rias que aqui faz, mas isso só re­vela o des­prezo que tem para com a in­te­li­gência dos por­tu­gueses».

O par­la­mentar do PCP mos­trou-se ainda con­victo de que «não ha­verá um único por­tu­guês que es­teja no seu per­feito juízo que ache que há fun­da­mento para mandar prender o PR» e que «cer­ta­mente muitos» acharão a «pro­posta do Chega uma fan­to­chada».

 



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