Uma greve nas empresas da grande distribuição, uma manifestação em Lisboa e iniciativas públicas noutras capitais de distrito destacam-se na agenda do último dia da «semana de esclarecimento, acção e luta», que a CGTP-IN promove desde dia 20, até hoje.
Os sindicatos do distrito de Lisboa marcaram para as 15 horas uma concentração no Campo Pequeno, seguida de outro protesto junto do Ministério do Trabalho. As «tribunas públicas» realizam-se, de manhã, em Viana do Castelo (Praça da República) e em Castelo Branco (frente à Câmara Municipal) e, de tarde, em Viseu (frente à Segurança Social), Faro (Jardim Manuel Bívar), Funchal (Largo do Phelps) e Porto (estação da Trindade). Foi convocada uma jornada de luta para a Ilha de São Miguel (Açores).
Uma manifestação teve lugar, ontem de manhã, nas ruas de Setúbal, e estavam marcadas, para a tarde, acções em Leiria e Braga.
Na indústria de carnes, foi convocada greve para ontem, com concentração no Ministério do Trabalho.
Para hoje, o CESP convocou greve nacional nas empresas da grande distribuição comercial, que ganhou mais razão depois da mais recente contraproposta da associação patronal, dia 19. A APED, protestou o sindicato, quer condenar os trabalhadores à pobreza, com uma tabela salarial cujo topo de carreira fica 30 euros acima do mínimo nacional. Os patrões dos super e hipermercados persistem no «banco» de horas, que representa 150 horas de trabalho gratuito, e querem contratos precários até 12 meses. Às 11 horas, em Lisboa, duas marchas de trabalhadores dirigem-se para o Pingo Doce, na Av. Duque de Ávila, onde decorre uma vigília de 24 horas.
Uma marcha semelhante percorreu vários supermercados de Vila Nova de Gaia, no dia 20.
O CESP manifestou-se ontem, mais uma vez, frente à sede da Webhelp (Concentrix), contra o despejo ilegal de trabalhadores, dos quartos que a empresa lhes arrenda sem contrato.
Novas greves foram já anunciadas para os próximos dias, nomeadamente, na JAC Products, na Naveprinter e na ORICA.
Ao convocar esta «semana», a 16 de Maio, o Conselho Nacional da CGTP-IN apelou à intensificação da luta nos locais de trabalho, serviços, empresas e sectores.