O pintor e ce­ra­mista Ma­nuel Car­ga­leiro morreu no do­mingo, 30, em Lisboa, aos 97 anos. Nasceu a 16 de Março de 1927 em Chão das Servas, Vila Velha de Ródão. A sua obra foi for­te­mente ins­pi­rada no azu­lejo tra­di­ci­onal por­tu­guês.

Com fortes li­ga­ções ao con­celho do Seixal, em 1999 foi agra­ciado pela Câ­mara Mu­ni­cipal (CMS) com a Me­dalha de Honra e em 2018 é inau­gu­rada, na Quinta da Fi­dalga, a Ofi­cina de Artes Ma­nuel Car­ga­leiro, uma ho­me­nagem ao ar­tista e um equi­pa­mento cul­tural de re­fe­rência, pro­jec­tado pelo ar­qui­tecto Álvaro Siza Vi­eira. Foi também atri­buído o seu nome à Es­cola Se­cun­dária do Fo­gue­teiro, em 1994. Em Fe­ve­reiro deste ano, bens ar­tís­ticos per­ten­centes ao mestre Ma­nuel Car­ga­leiro foram do­ados, a tí­tulo gra­tuito, à CMS.

«O seu tra­balho, ca­rac­te­ri­zado por um uso vi­brante da cor e uma sen­si­bi­li­dade única, sempre trans­cendeu as fron­teiras da arte tra­di­ci­onal», des­tacou a au­tar­quia, em co­mu­ni­cado.

Foi con­de­co­rado pelo Pre­si­dente da Re­pú­blica com a Grã-Cruz da Ordem do In­fante D. Hen­rique e da Ordem de Ca­mões e, em França, mais con­cre­ta­mente em Paris, onde viveu grande parte da sua vida, re­cebeu a me­dalha de Mé­rito Cul­tural do Go­verno por­tu­guês e a Me­dalha Grand Ver­meil, a mais alta con­de­co­ração da ca­pital fran­cesa.