Semana de conquistas na Cimpor, UMP e JF de Arroios

Nesta se­mana, os tra­ba­lha­dores da Cimpor, da União das Mi­se­ri­cór­dias Por­tu­guesas (UMP) e da Junta de Fre­guesia (JF) de Ar­roios ob­ti­veram im­por­tantes con­quistas, anun­ci­aram a FE­VICCOM, o CESP e o STML. As or­ga­ni­za­ções avisam, no en­tanto, que ainda há um longo ca­minho a travar.

Con­quistas pelos tra­ba­lha­dores não es­mo­recem a luta, ha­vendo um longo ca­minho a travar

Após ac­ções de luta, UMP foi for­çada a al­terar a pro­posta de au­mentos sa­la­riais de cinco para 20 euros, fal­tando va­lo­rizar os tra­ba­lha­dores das mi­se­ri­cór­dias

Após greve na Cimpor em Abril, foi con­cluída a pri­meira fase de re­visão do AE, in­formou a FE­VICCOM fi­cando acor­dados au­mentos sa­la­riais(5,3 por cento, no mí­nimo de 100 euros) e novos sub­sí­dios de re­feição (11,94 euros, mais 2,56 onde não haja re­fei­tório), anui­dades (16,83 euros anuais até 16 anos, mais 2,16 por cada ano se­guinte), ho­rário se­manal (37,5 horas), sub­sí­dios de turno (488, 368 ou 288 euros, con­so­ante o tipo de turno), sub­sídio de trans­porte (51 euros), apoio es­colar (100 euros) e «cabaz-bebé» (820 euros).

A fe­de­ração su­bli­nhou que a em­presa terá de voltar a in­cluir na as­sis­tência à do­ença os ac­tuais e fu­turos re­for­mados, e fa­mi­li­ares.

Mi­se­ri­cór­dias
A UMP apre­sentou uma nova pro­posta de au­mento sa­la­rial ao CESP, pas­sando de cinco para 20 euros, indo de en­contro às rei­vin­di­ca­ções dos seus tra­ba­lha­dores. No en­tanto, o sin­di­cato lem­brou que, em re­lação aos re­tro­ac­tivos, a UMP quer con­ti­nuar a es­quecer o ano de 2023 e o brutal au­mento do custo de vida.

Já no que con­cerne aos tra­ba­lha­dores das mi­se­ri­cór­dias, o CESP vincou que aquilo que os pro­ve­dores das mi­se­ri­cór­dias estão a propor é aplicar uma ta­bela sa­la­rial se­me­lhante à da UMP, mas dei­xando para trás toda a an­ti­gui­dade que os tra­ba­lha­dores já al­can­çaram por meio de uma por­taria de ex­tensão de No­vembro de 2022.

As mi­se­ri­cór­dias exi­giram, quanto a estes tra­ba­lha­dores, que o sin­di­cato da CGTP-IN acei­tasse um CCT que não con­tem­plaria as diu­tur­ni­dades já al­can­çadas, algo que a or­ga­ni­zação sin­dical não aceitou.

JF de Ar­roios
Foi sus­pensa a greve de 29 de Julho dos tra­ba­lha­dores da JF de Ar­roios, após as res­postas do exe­cu­tivo ao abaixo-as­si­nado en­tregue pelo STML em Maio não cor­res­pon­derem às ex­pec­ta­tivas.

No en­tanto, in­formou o sin­di­cato, foi, en­tre­tanto, pos­sível chegar a me­mo­rando com a pre­si­dente da au­tar­quia que, além de con­quistas como a atri­buição de dias de fé­rias em falta ou a con­tra­tação de mais tra­ba­lha­dores para o ser­viço de hi­giene e lim­peza da JF, im­plica a as­si­na­tura, até ao final de Se­tembro, de uma re­visão do ACEP.

Da junta ficou o com­pro­misso de en­qua­drar o pa­ga­mento dos su­ple­mentos noc­turno e de in­sa­lu­bri­dade e pe­no­si­dade no pe­ríodo de fé­rias e con­cre­tizar o seu pa­ga­mento até ao final de 2024, ne­go­ci­ando a re­tro­ac­ti­vi­dade da de­cisão e ca­len­da­ri­zação do seu pa­ga­mento.

 



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