Israel continua o genocídio na Palestina e quer alastrar guerra a toda a região

Is­rael con­tinua a po­lí­tica de as­sas­si­natos. Is­rael pre­tende es­tender a guerra a ou­tros países da re­gião, no­me­a­da­mente ao Irão, atin­gindo todos os povos do Médio Ori­ente. O ge­no­cídio que Is­rael leva a cabo contra o povo pa­les­ti­niano na Faixa de Gaza dura há mais de 300 dias.

Agrava-se si­tu­ação na Pa­les­tina e no Médio Ori­ente, em con­sequência da es­ca­lada de guerra por parte de Is­rael

As ten­sões no Médio Ori­ente, já ele­vadas pela guerra ge­no­cida de Is­rael contra o povo pa­les­ti­niano e as con­ti­nu­adas agres­sões is­ra­e­litas contra a Síria, o Lí­bano, o Iémen, o Iraque ou o Irão, au­men­taram com o as­sas­si­nato por Is­rael do líder po­lí­tico do Hamas, Is­mail Ha­niyeh, a 31 de Julho, quando se en­con­trava em Te­erão, para as­sistir à to­mada de posse do novo pre­si­dente ira­niano, Masud Pe­zesh­kian. Na vés­pera, um ataque is­ra­e­lita tinha igual­mente as­sa­si­nado, em Bei­rute, Fuad Shukur, alto di­ri­gente do Hez­bollah li­banês.

Por ini­ci­a­tiva do Irão, o Con­selho de Se­gu­rança da ONU reuniu de emer­gência a 31 de Julho, tendo o re­pre­sen­tante per­ma­nente ira­niano qua­li­fi­cado o as­sas­si­nato de Ha­niyeh como mais uma «ma­ni­fes­tação do pa­drão de dé­cadas de ter­ro­rismo e sa­bo­tagem que Is­rael co­mete contra os pa­les­ti­ni­anos e os de­fen­sores da causa pa­les­ti­niana».

O mi­nistro dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros in­te­rino do Irão de­nun­ciou o si­lêncio cons­tran­gedor de di­versos países sobre o as­sas­si­nato do chefe po­lí­tico do Hamas, em Te­erão, su­bli­nhando que o Irão uti­li­zará o seu di­reito le­gí­timo de de­fender a sua se­gu­rança, so­be­rania e in­te­gri­dade ter­ri­to­rial, para que seja criada uma dis­su­asão contra a agressão do re­gime si­o­nista e para que a se­gu­rança e a es­ta­bi­li­dade sejam ga­ran­tidas na Ásia Oci­dental.

En­tre­tanto, os EUA de­ci­diram en­viar um grupo de ataque de porta-aviões, uma es­qua­drilha de caças e na­vios de guerra adi­ci­o­nais para o Médio Ori­ente em apoio a Is­rael.

 

Contra a guerra e a ocu­pação

Co­mu­nistas pa­les­ti­ni­anos e is­ra­e­litas reu­niram-se em fi­nais de Julho, na ci­dade de Ra­mallah, para «co­or­denar a luta contra a guerra e a ocu­pação». Par­ti­ci­param di­ri­gentes do Par­tido Co­mu­nista de Is­rael (PCI), do Par­tido do Povo Pa­les­ti­niano (PPP) e da Frente De­mo­crá­tica pela Paz e a Igual­dade (Ha­dash).

A reu­nião iden­ti­ficou as ta­refas mais ur­gentes, dando pri­o­ri­dade aos es­forços co­lec­tivos e à luta con­junta para travar a guerra ge­no­cida que Is­rael leva a cabo contra o povo pa­les­ti­niano. O fim do blo­queio à Faixa de Gaza, a aber­tura de postos fron­tei­riços e a ga­rantia das ne­ces­si­dades ali­men­tares, sa­ni­tá­rias e ha­bi­ta­ci­o­nais da po­pu­lação pa­les­ti­niana são uma ur­gência ime­diata. O re­gresso dos des­lo­cados, a re­ti­rada total das forças is­ra­e­litas da Faixa de Gaza e a res­pon­sa­bi­li­zação dos crimes nos ter­ri­tó­rios pa­les­ti­ni­anos ocu­pados são também ob­jec­tivos apon­tados.

 

Po­sição do PCP sobre o agra­va­mento da si­tu­ação no Médio Ori­ente

Sobre o agra­va­mento da si­tu­ação no Médio Ori­ente em con­sequência da es­ca­lada de con­fron­tação de Is­rael, o PCP di­vulgou no dia 2 a se­guinte nota de im­prensa:

«O PCP ma­ni­festa a sua pro­funda pre­o­cu­pação face à es­ca­lada que os as­sas­si­natos le­vados a cabo por Is­rael do res­pon­sável da di­recção po­lí­tica do Hamas, Is­mael Ha­niyeh, em Te­erão, no Irão, e de res­pon­sá­veis do Hez­bollah, em Bei­rute, no Lí­bano, re­pre­sentam.

Tais acon­te­ci­mentos são ex­pressão da con­de­nável po­lí­tica de ter­ro­rismo de Es­tado de Is­rael que pro­cura por todos os meios exa­cerbar a tensão e mer­gu­lhar o Médio Ori­ente numa con­fron­tação ge­ne­ra­li­zada, com ainda mais dra­má­ticas con­sequên­cias para os povos da re­gião.

Estes crimes in­serem-se na pre­me­di­tada ati­tude das au­to­ri­dades is­ra­e­litas para obs­ta­cu­lizar todos os es­forços e ini­ci­a­tivas que pro­movam a dis­tensão, o diá­logo e a paz no Médio Ori­ente, no res­peito dos prin­cí­pios da Carta das Na­ções Unidas e do di­reito in­ter­na­ci­onal, desde logo dos di­reitos na­ci­o­nais do povo pa­les­ti­niano.

Ati­tude que conta com a cum­pli­ci­dade, o apoio e o en­co­bri­mento por parte dos EUA para com a sua cri­mi­nosa po­lí­tica, como foi de­plo­ra­vel­mente evi­den­ciado na re­cente vi­sita de Ne­tanyahu a Washington onde, pe­rante os aplausos do Con­gresso, fez a apo­logia do si­o­nismo, iludiu o ge­no­cídio do povo pa­les­ti­niano e clamou pela guerra contra o Irão e por mais ar­ma­mento norte-ame­ri­cano, tendo visto re­a­fir­mado o apoio de Biden, Harris e Trump.

O Go­verno por­tu­guês deve sair do seu com­pro­me­tedor si­lêncio e con­denar a es­ca­lada, os crimes e as fla­grantes vi­o­la­ções do di­reito in­ter­na­ci­onal por parte de Is­rael e exigir o fim da ilegal ocu­pação e co­lo­ni­zação de ter­ri­tó­rios pa­les­ti­ni­anos.

O PCP re­a­firma que se impõe um cessar-fogo ime­diato e per­ma­nente na Faixa de Gaza e a ur­gente ajuda hu­ma­ni­tária à po­pu­lação pa­les­ti­niana, o fim da vi­o­lenta re­pressão na Cis­jor­dânia, a con­cre­ti­zação do di­reito do povo pa­les­ti­niano a um Es­tado so­be­rano e in­de­pen­dente, com as fron­teiras de 1967 e ca­pital em Je­ru­salém Ori­ental, e a efec­ti­vação do di­reito ao re­torno dos re­fu­gi­ados, con­forme de­ter­minam as re­so­lu­ções da ONU.

Sau­dando o acordo re­cen­te­mente al­can­çado pelas di­fe­rentes forças pa­les­ti­ni­anas, em Pe­quim, o PCP apela à so­li­da­ri­e­dade para com a justa causa na­ci­onal do povo pa­les­ti­niano e à luta pela paz no Médio Ori­ente, desde logo pelo fim do ge­no­cídio do povo pa­les­ti­niano na Faixa de Gaza e da es­ca­lada le­vada a cabo por Is­rael que ameaça alas­trar a guerra a toda a re­gião.»



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