Com uma forte adesão, estimada pelo SINTAB em 80 por cento, os trabalhadores da Nobre Alimentação, em Rio Maior, fizeram greve no dia 31 de Julho e concentraram-se, em piquete, junto à portaria, durante a manhã. Em solidariedade, estiveram presentes, entre outros, Filipe Marques, da Comissão Executiva da CGTP-IN, e uma delegação do PCP, que integrou Diogo d’Ávila, do Comité Central.
Perante a reiterada falta de resposta patronal ao caderno reivindicativo – onde sobressai a exigência de aumento dos salários –, os trabalhadores e o sindicato da FESAHT/CGTP-IN anunciaram já uma nova greve, a 11 de Setembro, admitindo realizar então uma marcha pelas ruas da cidade, até junto dos Paços do Concelho.
Um dirigente sindical explicou à agência Lusa que «os trabalhadores recebem o salário mínimo nacional, independentemente dos anos de casa». Diogo Lopes assinalou que a empresa do grupo mexicano Sigma registou um lucro de nove milhões de euros, nos últimos três anos, mas aplicou em Junho aumentos salariais de cinco euros.
Numa moção, aprovada durante a greve – a 13.ª desde o ano passado –, os trabalhadores persistem nas exigências de reposição dos 25 dias de férias e aumento do subsídio de alimentação para oito euros diários. Este subsídio, hoje de 5,30, aumentou apenas 14 cêntimos, nos últimos 10 anos, disse o dirigente sindical.