Re­a­li­zaram-se, no sá­bado, 17, em Ca­racas e em mais de 100 ci­dades do país, gran­di­osas ma­ni­fes­ta­ções po­pu­lares em de­fesa da so­be­rania e da Cons­ti­tuição da Ve­ne­zuela.

Na ca­pital, pe­rante cen­tenas de mi­lhares de apoi­antes que ter­mi­naram de­fronte do Pa­lácio de Mi­ra­flores, sede do go­verno, a Grande Marcha Na­ci­onal em apoio ao seu triunfo nas elei­ções pre­si­den­ciais de 28 de Julho, o Pre­si­dente ve­ne­zu­e­lano Ni­colás Ma­duro des­tacou três vi­tó­rias im­por­tantes al­can­çadas com mais esta mo­bi­li­zação do povo.

Uma pri­meira vi­tória, re­feriu, foi a der­rota so­frida pelos in­flu­en­ci­a­dores con­tra­tados em Miami para cons­pirar nas redes so­ciais contra a Re­vo­lução Bo­li­va­riana e que fa­lharam. «O grande in­flu­en­ci­ador hoje é o povo ve­ne­zu­e­lano», as­se­gurou.

Apontou como se­gunda vi­tória do cha­vismo na jor­nada o de­sa­pa­re­ci­mento pú­blico de Ed­mundo Gon­zález, ex-can­di­dato da ex­trema-di­reita der­ro­tado nas urnas a quem ape­lidou de «Guaidó 2.0». Acusou-o de co­bardia, de estar es­con­dido a pre­parar a fuga para Miami e de ter con­tra­tado cri­mi­nosos para pro­vocar de­sa­catos nos dias se­guintes às elei­ções.

A ter­ceira vi­tória, con­si­derou, foi a der­rota da líder da ex­trema-di­reita gol­pista, Maria Co­rina Ma­chado, acres­cen­tando que Guaidó ainda se aguentou uns meses, mas que ela nem uma se­mana durou, aler­tando, no en­tanto, que isso «a torna mais pe­ri­gosa, porque tem uma mente cri­mi­nosa e vi­o­lenta».

Ma­duro des­tacou que o povo in­vadiu as ruas, feliz, com os seus tam­bores, em paz e ale­gria. «Hoje posso dizer, com ab­so­luta cer­teza, que vol­támos a ga­nhar, ga­nhou a paz, ga­nhou o povo; não pu­deram, ja­mais po­derão con­nosco porque trans­por­tamos a força da his­tória, da pá­tria», re­alçou.

Pe­ri­tagem téc­nica a ma­te­riais elei­to­rais
Na Sala Elei­toral do Tri­bunal Su­premo de Jus­tiça (TSJ) da Ve­ne­zuela, em Ca­racas, pros­segue a pe­ri­tagem téc­nica a todo o ma­te­rial elei­toral en­tregue pelos in­ter­ve­ni­entes nas elei­ções pre­si­den­ciais de 28 de Julho, de acordo com a Lei e a Cons­ti­tuição Bo­li­va­riana da Ve­ne­zuela.

Ima­gens trans­mi­tidas pela te­le­visão ve­ne­zu­e­lana têm mos­trado a ac­ti­vi­dade dos pe­ritos na­ci­o­nais e es­tran­geiros que tra­ba­lham com a ampla do­cu­men­tação, tanto em for­mato im­presso como di­gital, apre­sen­tada por par­tidos e ex-can­di­datos e pelo Con­selho Na­ci­onal Elei­toral (CNE).

O TSJ aceitou, no dia 1 de Agosto, o re­curso con­ten­cioso elei­toral apre­sen­tado por Ni­colás Ma­duro, vi­sando o es­cla­re­ci­mento com­pleto do pro­cesso de con­tagem dos votos. Nesse âm­bito, re­a­lizou também au­di­ções aos par­tidos po­lí­ticos a que só Ed­mundo Gon­zález, o ex-can­di­dato da ex­trema-di­reita gol­pista e os três par­tidos que o apoi­aram nas elei­ções fal­taram. A in­ves­ti­gação in­clui também a ava­li­ação da in­for­mação so­li­ci­tada pelo CNE sobre os ata­ques ci­ber­né­ticos contra essa ins­tância que im­pe­diram a trans­missão opor­tuna dos re­sul­tados elei­to­rais. Cul­mi­nada a etapa de pe­ri­tagem no tempo es­ta­be­le­cido pelo tri­bunal, com os factos ob­jec­tivos com­pro­vados e cer­ti­fi­cados, será emi­tida uma sen­tença de­fi­ni­tiva sobre este re­curso.