- Nº 2650 (2024/09/12)

Diversidade e unidade na luta por um mundo novo

Festa do Avante!


Erguida e organizada a pulso pelas mãos dos jovens comunistas, a Cidade da Juventude simboliza o mundo novo que é possível construir com o contributo de todos, independentemente das diferenças.

Ao entrar no espaço, não se ficava indiferente à extensa faixa de cadeiras e mesas que formavam, no centro da Cidade, uma esplanada ladeada pelos espaços onde se poderia fazer refeições, jogar jogos tradicionais ou simplesmente desfrutar da ampla oferta cultural que a cidade dispunha.

Na sexta-feira, destacam-se as actuações de RebimboMalho, seguidos de Politicamente Incorrectos? e Phaze. Santi, encerrou o dia com um espectáculo que continha em si um momento de solidariedade com a Palestina.

Já no sábado, Samba do Serginho e Minerva animaram e puseram todos a dançar antes do “Momento do Hiphop”, com uma batalha épica de 8 MCs.

No domingo, após o comício, a música ficou por conta de um DJ Set de Luís Severo e Catarina Branco, com música popular portuguesa, e pelo ska dos Skaline.

Debates
Na cidade também houve debates sobre temas diversos, como “Todos diferentes, sonhos iguais, juntos avançamos!”, “500 anos depois, Camões ainda tem espaço na Escola de Abril?”, “Defender Abril é lutar pelo Socialismo”, “Culturalmente falando: e o povo pá?” ou “Amílcar Cabral e a importância da solidariedade internacionalista”, no qual participaram delegações de movimentos de libertação do colonialismo.



Exposição política
Os murais ali presentes já davam algumas pistas sobre as propostas da JCP e sobre o tema da exposição central, já que continham trechos de “Na terra dos sonhos”, de Jorge Palma e Sérgio Godinho.

Sob o lema “Todos diferentes, sonhos iguais. Juntos avançamos!”. Aqui, questionava-se como poderia um jovem ser plenamente livre quando tem um vasto conjunto de situações que o limitam e discriminam em diversas esferas da vida, com prejuízo para o seu desenvolvimento pessoal e para a sociedade em geral.

Procedia-se ainda a uma análise materialista das discriminações, nomeadamente sobre como surgem e se alastram, a quem servem e quem afectam. Questões que não ficam sem resposta: é o sistema capitalista, incapaz de responder aos problemas dos povos, quem promove as discriminações como forma de dividir aqueles que, apesar de diferenças, têm em comum a capacidade para combater a exploração e construir um novo mundo.

Na parte inferior da exposição, um friso histórico apontava o contributo e os posicionamentos do PCP no combate a todo o tipo de discriminações, de que são exemplo a luta pela libertação das colónias, dos direitos das mulheres, dos direitos sexuais e reprodutivos, dos direitos LGBTI+, do combate ao racismo e à xenofobia, entre outros.

A emancipação do povo português, refere-se, construir-se-á a partir da edificação de uma democracia avançada assente nos valores de Abril e no cumprimento da Constituição da República Portuguesa, tal como inscrito no programa do PCP, rumo à sociedade nova, liberta da exploração e das discriminações, o socialismo e o comunismo.

Na Cidade da Juventude levantaram-se bandeiras de esperança e ergueram-se certezas de que o mundo novo é possível, assim o tomemos nas nossas mãos.