A Frente Ampla, que integra o Partido Comunista do Uruguai, intensificou a sua campanha de informação e esclarecimento, tendo em vista a vitória do seu candidato, Yamandú Orsi, na segunda volta das eleições presidenciais, marcadas para 24 de Novembro.
Deslocações por todo o país e contactos directos com as populações são dois traços da campanha da Frente Ampla (FA), a força mais votada nas eleições gerais de 27 de Outubro, em que conseguiu a maioria dos eleitos no Senado e o reforço do número de deputados no parlamento, para além da passagem à segunda volta do seu candidato presidencial (com 43,9 por cento dos votos).
Na campanha para a segunda volta da eleição presidencial, já em curso, são candidatos a presidente da República, Yamandú Orsi, e a vice-presidente, Carolina Cosse, que contam com o apoio da FA na sua campanha. Participam na campanha, com o propósito de chegar a toda a população, grupos específicos que abordam temas como a educação, a saúde ou a economia, divulgando e explicando as propostas e o programa da FA.
Falando aos jornalistas, o candidato presidencial da FA defendeu que o Uruguai deve ter uma política que assegure uma distribuição mais justa da riqueza – o contrário do que aconteceu com a governação de direita encabeçada pelo actual presidente, Luis Lacalle Pou. Considerou que, no último meio século, os 15 melhores anos, quanto à criação e distribuição de riqueza, foram os dos governos da Frente Ampla: a sociedade uruguaia desenvolveu-se, o Produto Interno Bruto cresceu e as camadas populares conseguiram uma vida melhor. E criticou o governo de direita, acusando-o de fomentar desigualdades sociais e de ser responsável por a economia do Uruguai, estagnada, «não crescer há 10 anos».
Na segunda volta das presidenciais, a dupla Orsi-Cosse terá como adversários Álvaro Delgado e Valeria Ripoll, do Partido Nacional, apoiados pelas forças agrupadas na coligação de direita que governa actualmente o Uruguai.