Governo mantém inferno nocturno sobre Lisboa e arredores

A Pla­ta­forma «Ae­ro­porto Fora, Lisboa Me­lhora» con­si­dera que a proi­bição de voos entre as 1h00 e as 5h00 vem «re­co­nhecer o so­fri­mento im­posto pelo ruído e pela po­luição a 388 mil pes­soas», mas tem dú­vidas sobre o seu im­pacto.

Os voos noc­turnos devem ser ab­so­lu­ta­mente proi­bidos

Em co­mu­ni­cado, a Pla­ta­forma, que no dia 6 de No­vembro re­a­lizou uma con­cen­tração de mo­ra­dores de bairros de Lisboa e de Loures, en­tende que a proi­bição de voos entre as 1h00 e as 5h00, anun­ciada pelo mi­nistro das Infra-es­tru­turas e Ha­bi­tação, «tem im­plí­cita um re­co­nhe­ci­mento dos im­pactos ne­ga­tivos que os voos noc­turnos im­põem a largas de­zenas de mi­lhares de pes­soas que moram perto do Ae­ro­porto Hum­berto Del­gado (AHD) ou dos cones de apro­xi­mação». No en­tanto, tem «dú­vidas» sobre o real im­pacto desta me­dida na saúde e bem-estar das pes­soas, uma vez que há poucos voos nesse ho­rário no AHD, a mai­oria atra­sados ou adi­ados face à res­pec­tiva hora de par­tida pro­gra­mada.

«Não é claro quando en­trará a me­dida em vigor, nem que con­sequên­cias terá para os voos diurnos, já que o Go­verno não al­terou a sua in­tenção de passar de 38 para 45 mo­vi­mentos por hora no AHD. Também não é claro como é que esta proi­bição de voos entre as 1h00 e as 5h00 se ar­ti­cula com as vi­o­la­ções su­ces­sivas do re­gime de ex­cepção que in­cide no ho­rário 0h00-6h00. É agora que este re­gime vai ser cum­prido ou vão con­cen­trar voos nos ho­rá­rios “mar­gi­nais” nos pe­ríodos 0h00-1h00 e 5h00-6h00?», in­ter­roga a Pla­ta­forma.

Para este grupo de ci­da­dãos, os voos noc­turnos devem ser ab­so­lu­ta­mente proi­bidos no ho­rário de des­canso de­fi­nido pela Lei do Ruído, entre as 23h00 e as 7h00», pelo que apela a todos os ci­dadão que as­sinem a pe­tição (https://​pe­ti­ca­o­pu­blica.com/​mo­bile/​pview.aspx?pi=PT114394) pelo fim com­pleto dos voos noc­turnos, que será en­tregue na As­sem­bleia da Re­pú­blica quando atingir 7500 as­si­na­turas, o que obriga a dis­cussão da mesma em ple­nário.

 



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