A preparação do XXII Congresso do PCP avança a bom ritmo nas organizações do Partido, com a realização de reuniões, plenários, debates e assembleias, onde são discutidas as Teses – Projecto de Resolução Política e eleitos os delegados.
Por estes dias, estão a começar a realizar-se as assembleias plenárias electivas para escolher os cerca de 100 delegados daquela organização.
Nas diferentes reuniões surgem reflexões sobre o momento actual e sobre os problemas específicos da região, como a regionalização e a produção nacional, a GALP e a EFACEC, a mobilidade na área metropolitana, os baixos salários, a pobreza e o acesso à habitação. E, ao mesmo tempo, a forma como em cada localidade, empresa ou sector, se começa desde já a aplicar as linhas de trabalho apontadas nas Teses, nomeadamente no que respeita ao reforço do Partido.
Superar obstáculos
Na Organização Regional de Braga está-se a procurar realizar reuniões de todos os colectivos, desde logo daqueles que têm um funcionamento mais irregular e onde é mais difícil reunir os militantes. Reuniões de colectivos de reformados, de dirigentes e delegados sindicais, células de empresa, todos os concelhos e, sempre que possível, ir ao nível das freguesias. Particularmente interessante, contam-nos dirigentes locais, é a “descoberta” por parte de novos militantes da forma como o Partido prepara e realiza os seus congressos.
Em Trás-os-Montes e Alto Douro, que compreende as organizações regionais de Bragança e Vila Real, a dispersão dos militantes é um dos obstáculos a superar e estão a ser encontradas formas de o fazer. Numa região em que se sente, de forma particular, a desertificação humana e em que é notório um crescente peso da população imigrante, destacou-se a necessidade de dar mais força à luta dos imigrantes e de uma acção mais determinada do Partido junto das organizações e comunidades imigrantes. A regionalização foi outra das questões abordadas, por quem todos os dias assiste ao agravamento das assimetrias.
Audácia e criatividade
Na Organização Regional de Viana do Castelo está a ser feito um esforço para chegar a todos os militantes, privilegiando o contacto personalizado. Ora, como nos dizem responsáveis locais do Partido, isto tem permitido desenvolver outras tarefas em paralelo, aproveitando esses contactos, como a acção nacional «Aumentar salários e pensões, para uma vida melhor» ou a recolha de quotas.
Tendo-se identificado desde já insuficiências de estruturação e debilidades na organização a partir das empresas e locais de trabalho (num distrito com significativa concentração industrial), aproveitou-se a preparação do Congresso para reunir militantes com tarefas sindicais ou trabalhadores de empresas prioritárias para, a partir do debate das Teses, perspectivar um organismo do Partido que intervenha nesta frente. Foram ainda identificados 25 independentes a quem foram enviadas as Teses para, com eles, debater os temas nelas presentes.
Já na Organização Regional de Aveiro, e para além das reuniões, assembleias e debates, procurou-se formas criativas de envolver os militantes e suscitar o debate. Em Espinho e São João da Madeira atribuiu-se a militantes específicos o estudo e apresentação de cada capítulo das Teses, o que levou à realização de mais do que uma reunião de discussão em cada uma das organizações.