Paulo Raimundo participou, no dia 17, num almoço regional que se realizou no Pavilhão da Junta de Freguesia de Sines, que se inseriu no âmbito da acção nacional Aumentar Salários e pensões, para uma vida melhor.
«Não abdicamos de lutar pelos interesses do nosso País» que não pode continuar «amarrado a interesses de outros», sublinhou, acrescentando que os «meios e os recursos nacionais têm de «estar ao serviço do País e o País não são os grupos económicos e as multinacionais», mas sim os que «põem a economia e a vida a funcionar». «O País», insistiu, «são todos os que cá vivem e trabalham, são os que trabalharam uma vida inteira, são as milhares de crianças, são os que têm direito a uma vida melhor».
Outra política
É de um outro Orçamento e de uma outra política que precisam os «trabalhadores, o povo, a juventude, os reformados e todos aqueles que, para lá de toda a propaganda, o que sentem no dia-a-dia são as condições de vida a piorarem». «Era só o que faltava estarmos destinados a viver nesta situação, não aceitamos que o País seja transformado num resort turístico nem uma grande escola de formação de quadros, técnicos e profissionais para exportar», afirmou.
«Dêem as voltas que quiserem, inventem as desculpas que entenderem, sem melhores salários, sem direitos, sem respeito por quem trabalha, sem carreiras e valorização das profissões, o País e a vida de cada um não anda para a frente», assegurou, esclarecendo que é por isso que o PCP, «sem hesitação nenhuma», exige o aumento dos salários e das pensões.
É também por isso que o Partido, como explicou o Secretário-Geral, tem vindo a dinamizar a acção nacional Aumentar Salários e Pensões, para uma vida melhor, «profundamente ligada à vida das populações e que contribui para que elas participem activamente na exigência das reivindicações mais prementes para a melhoria das suas condições de vida».
Em Sines
Sobre a acção nacional, também Sandra Garcia, da Direcção da Organização do Litoral Alentejano do PCP, indicou que a organização local do Partido tem estado por toda a região para conversar, ouvir, agitar e mobilizar, com o abaixo-assinado como elemento central, e que «são já largas as centenas daqueles que o decidiram assinar».
A dirigente também destacou as diversas questões que afectam aquela região, como as lutas dos trabalhadores do complexo industrial de Sines, que enfrentam difíceis condições de trabalho, a importância de defender os trabalhadores migrantes em Odemira que, muitas vezes, vivem e trabalham em condições precárias, necessitando que se garanta, de forma urgente, os seus direitos e dignidade.
Sandra Garcia defendeu ainda os criadores de gado, que enfrentam diversos desafios relacionados com a doença da língua azul, e enfatizou a importância do um turismo sustentável que respeite o meio ambiente e beneficie as populações.