No seguimento da realização do Tribunal Internacional Contra o Bloqueio, em Novembro de 2023, no Parlamento Europeu, o encontro serviu para actualizar informações sobre a situação em Cuba e para partilhar experiências e sugestões para reforçar a exigência do fim do bloqueio imposto pelos EUA, com impacto nas condições de vida do povo cubano e com efeitos extraterritoriais que atingem outros países do mundo. A imediata exclusão de Cuba da infame lista dos EUA de ditos «Estados promotores do terrorismo» foi outra das exigências ouvida nestes dois dias de trabalho.

Fernando González Llort, presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos, deu as boas-vindas aos participantes, agradecendo a sua solidariedade. Seguiu-se uma conferência actualizando a situação económica de Cuba, pelo economista José Luis Rodríguez, do Centro de Estudos da Economia Mundial.

Os trabalhos do encontro foram divididos entre três comissões onde se discutiram: o fortalecimento do movimento de solidariedade, da luta contra o bloqueio e pela exigência da retirada de Cuba da espúria lista dos EUA dando destaque às conclusões do Tribunal Internacional contra o bloqueio; a colaboração solidária baseada no desenvolvimento, na cooperação económica e no fortalecimento do turismo como formas de superar o bloqueio; e a comunicação como arma de defesa de Cuba e o trabalho de desconstrução da desinformação e manipulação contra Cuba.

No final foram apresentadas as conclusões das diferentes comissões e foi adoptada uma declaração final onde se apontou para o reforço da solidariedade internacionalista com o heróico povo cubano, valorizando o exemplo da Revolução cubana e a necessidade de construir «uma ampla unidade anti-imperialista para resistir, criar e vencer as adversidades, único caminho que transformará em realidade os nossos sonhos por um mundo melhor, possível e necessário».

Participaram mais de 300 representantes de 108 associações de amizade, partidos políticos e organizações sindicais, sociais, juvenis, de mulheres e de paz, oriundas de 28 países, incluindo a Associação de Amizade Portugal-Cuba (AAPC). Representada por Eduardo Fonseca e Sandra Pereira, a associação destacou a solidariedade em Portugal com a Revolução e o povo cubano, comprometendo-se a ampliar a exigência do fim do criminoso bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelo imperialismo norte-americano.