Desde 2013, a gestão CDU à frente da Câmara de Évora (CME) «tem vindo a recuperar da situação de “falência técnica” as contas municipais», uma situação «herdada» do PS, que deixou uma dívida superior a 95 milhões de euros.
Segundo a Comissão Concelhia de Évora do PCP, de 2013 a 2023, como mostra o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses(AFMP) de 2023, o «passivo elegível» (que, em 2013, ascendia a 85 milhões de euros, mais 10 milhões de euros de dívida não declarada), foi reduzido em cerca de um terço (29 por cento).
«A CME tem diminuído, ano a ano, aquele “passivo”, libertou-se do Programa de Apoio à Economia Local (a troika dos municípios), o que, entre outros indicadores positivos, determinou a recuperação das contas municipais e, sobretudo, da sua autonomia administrativa, financeira e política», destacam os comunistas em comunicado, onde condenam a actuação do PS e do PSD/CDS, que, agora, procuram «distorcer os referidos dados e esconder as suas responsabilidades presentes e passadas».
Entre outras «obras, projectos e actividades» que têm sido realizadas nos últimos anos, destaca-se a concretização e conquista da Capital Europeia da Cultura, Évora 2027; a reabilitação do Palácio D. Manuel e a instalação do Centro Interpretativo da Cidade de Évora; a intervenção qualificante no Teatro Garcia de Resende e requalificação urbanística da sua envolvente; a renovação completa do Salão Central; a requalificação do edifício dos Paços do Concelho (em curso); a renovação e projecto dedicado à infância da Ludoteca e do Parque Infantil; o investimento de milhões de euros na reabilitação do Parque Escolar, os apoios ao associativismo desportivo, social e cultural; a recuperação do Moinho do Alto de São Bento e a renovação daquele projecto.
Não menos importante é a candidatura ao PRR para a construção de novas extensões de saúde em freguesias rurais; a construção de centros de convívio para idosos (Bairro de Santo António, Horta das Figueiras, S. Miguel de Machede) e reabilitação da Malagueirinha; a candidatura de mais de 50 milhões de euros para concretização de projectos de reabilitação e novas casas do Plano Local de Habitação; as intervenções na reabilitação da rede viária e nas redes de águas e saneamento; a requalificação do Rossio e da ligação do estação ferroviária ao centro histórico, ou a nova ligação ciclo-pedonável do Bacelo ao centro histórico; o reforço de equipamentos e pessoal com vista à melhoria da higiene e limpezas públicas; o aumento anual das verbas transferidas para as juntas de freguesia; a defesa dos direitos dos trabalhadores e das populações.
Evolução positiva desde 2013
Segundo o PCP, a CDU continuará a cumprir os compromissos assumidos com as populações e a trabalhar, nos diferentes órgãos autárquicos, em prole do desenvolvimento do concelho, bem como a denunciar as medidas que prejudicam Évora e o município, como a transferência de encargos, «que está a prejudicar o concelho em 1,5 milhões de euros», ou «as verbas ainda não transferidas para as infra-estruturas e acessibilidades do Novo Hospital que ascendem a mais de 11 milhões de euros».
«O AFMP-2023, o qual inscreve dados referentes ao período de 2023 a 2023, confirma a evolução positiva da generalidade dos indicadores tratados», o «peso significativo dos custos que a Câmara suporta anualmente para pagar o saneamento financeiro (cerca de cinco milhões de euros)» e o «equilíbrio orçamental conseguido e a recuperação económica e financeira das contas do município de Évora», asseguram os comunistas.