Intervenção de encerramento, Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP

É possível um País desenvolvido, de progresso e soberano

Saímos do Con­gresso mais fortes, mais pre­pa­rados e de­ter­mi­nados para tomar a ini­ci­a­tiva

Per­mitam-me saudar os con­vi­dados que muito nos honram com a sua pre­sença, or­ga­ni­za­ções e es­tru­turas di­versas, as­so­ci­a­ções, mo­vi­mentos, par­tidos po­lí­ticos, or­ga­ni­za­ções so­ciais, onde des­taco a de­le­gação da CGTP-IN.

Uma sau­dação par­ti­cular aos nossos ali­ados, ao Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes», à As­so­ci­ação In­ter­venção De­mo­crá­tica e aos muitos in­de­pen­dentes, sem fi­li­ação par­ti­dária, com­po­nentes desse pro­jecto de tra­balho, ho­nes­ti­dade e com­pe­tência que é a CDU.

Es­tamos a chegar ao fim do nosso XXII Con­gresso e, aqui che­gados, po­demos afirmar que cum­primos os seus ob­jec­tivos.

Aqui ana­li­sámos a evo­lução da si­tu­ação in­ter­na­ci­onal e na­ci­onal; alar­gámos a com­pre­ensão do quadro em que in­ter­vimos e a di­mensão da ofen­siva; iden­ti­fi­cámos as di­fi­cul­dades e o chão que pi­samos; to­mámos de­ci­sões para re­forçar o Par­tido e re­lançá-lo na to­mada da ini­ci­a­tiva; afi­námos a tác­tica e su­bli­nhámos a es­tra­tégia; de­fi­nimos a al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda como ta­refa cen­tral que se co­loca aos de­mo­cratas, aos tra­ba­lha­dores, ao povo e à ju­ven­tude; re­a­fir­mámos a nossa iden­ti­dade co­mu­nista; apro­vámos a Re­so­lução Po­lí­tica e ele­gemos um novo Co­mité Cen­tral.

E sobre o Co­mité Cen­tral per­mitam-me uma sau­dação aos ca­ma­radas que agora saíram.

En­trega, mi­li­tância, de­ter­mi­nação, foi assim a vossa acção en­quanto mem­bros do Co­mité Cen­tral e será assim que vai con­ti­nuar em novas ta­refas que vão abraçar.

Uma sau­dação que es­tendo também a todos os que agora ini­ciam fun­ções, em par­ti­cular aos que in­te­gram o Co­mité Cen­tral pela pri­meira vez.

O Con­gresso foi, como es­pe­rá­vamos, um mo­mento de grande sig­ni­fi­cado para o PCP e de im­por­tância acres­cida para os tra­ba­lha­dores, o povo, a ju­ven­tude e o País.

O Con­gresso não foi uma mon­tagem ou um es­pec­tá­culo. Foi, isso sim, um banho de re­a­li­dade, uma ex­pressão da vida vi­vida e das di­fi­cul­dades do dia-a-dia, mas também da luta que lhes faz frente.

O Con­gresso foi, isso sim, uma ma­ni­fes­tação de força, de­ter­mi­nação, co­ragem e de es­pe­rança para mi­lhares e mi­lhares que jus­ta­mente am­bi­ci­onam uma vida me­lhor.

Por­tugal tem fu­turo
A todos esses, aos que tra­ba­lham e põem o País a fun­ci­onar; aos que tra­ba­lharam uma vida in­teira; aos jo­vens que cá querem es­tudar, tra­ba­lhar e viver; aos que pro­curam em Por­tugal uma vida me­lhor; aos que foram para fora à pro­cura de opor­tu­ni­dades que o seu País lhes negou; às mu­lheres que jus­ta­mente am­bi­ci­onam igual­dade no tra­balho e na vida, a todos esses lhes di­zemos: Por­tugal tem fu­turo e esse fu­turo cons­trói-se no pre­sente com con­fi­ança, de­ter­mi­nação e luta.

Há força e forças su­fi­ci­entes, se or­ga­ni­zadas e mo­bi­li­zadas, para travar a mi­noria que cap­turou o País, ajo­e­lhou o poder po­lí­tico e do­mina a eco­nomia ao sabor dos in­te­resses dos grupos eco­nó­micos, os tais que con­cen­tram 32 mi­lhões de euros de lu­cros por dia, ao mesmo tempo que cerca de 2 mi­lhões de pes­soas vivem em risco de po­breza, in­cluindo cen­tenas de mi­lhares de cri­anças; mais de um mi­lhão de re­for­mados vive com pen­sões de mi­séria, e se acentua a ex­plo­ração e a po­lí­tica de baixos sa­lá­rios.

Há força e forças su­fi­ci­entes, se or­ga­ni­zadas e mo­bi­li­zadas, para en­frentar a po­lí­tica de classe ao ser­viço dos po­de­rosos e pôr fim às des­culpas es­far­ra­padas de que nunca há di­nheiro para au­mentar sa­lá­rios e re­formas, va­lo­rizar car­reiras e pro­fis­sões, fixar pro­fis­si­o­nais nos ser­viços pú­blicos, no­me­a­da­mente no SNS, nunca há con­di­ções para avançar com a rede pú­blica de cre­ches ou de lares; mas pasme-se, há sempre ra­zões e re­cursos pú­blicos dis­po­ní­veis para mais des­cidas do IRC e mais trans­fe­rên­cias de re­cursos pú­blicos para os grupos eco­nó­micos.

O que serve ao País não é a sub­missão aos in­te­resses dos grupos eco­nó­micos e das mul­ti­na­ci­o­nais, o que serve ao País, o que serve a quem produz a ri­queza e põe o País e a eco­nomia a fun­ci­onar, é uma po­lí­tica ao ser­viço do povo, ao ser­viço da mai­oria.

A si­tu­ação que en­fren­tamos é de grande exi­gência, o ini­migo tem muita força, e muitos meios.

Mas este não é o mo­mento para de­sâ­nimos, e aos que perdem a es­pe­rança, lhes di­zemos: olhem para este Con­gresso, con­fiem neste Par­tido e juntos, ombro a ombro, re­sis­timos, acu­mu­lamos forças e cri­amos as con­di­ções para avançar e trans­formar.

Re­co­locar o País nos tri­lhos de Abril
Neste tempo em que vi­vemos, cheio de in­cer­tezas e de justas in­qui­e­ta­ções, em que soam os tam­bores da guerra, em que se acen­tuam as in­jus­tiças, em que o grande ca­pital joga a car­tada da ex­trema-di­reita, os tra­ba­lha­dores e todos os de­mo­cratas pre­cisam, e cada vez mais, de um PCP mais forte.

Pre­cisam de um Par­tido em que possam con­fiar, que não ceda ao opor­tu­nismo pe­rante as di­fi­cul­dades, que seja um porto se­guro de fir­meza e de co­ragem, que seja por­tador da con­fi­ança, da es­pe­rança e um farol da pos­si­bi­li­dade de vencer as di­fi­cul­dades por mai­ores que elas sejam.

E é a partir dessa ne­ces­si­dade e do justo re­co­nhe­ci­mento do papel do PCP, que se alarga a cada vez mais e va­riada gente, que da tri­buna do XXII Con­gresso ape­lamos e con­vo­camos os de­mo­cratas, os pa­tri­otas, os que cá vivem e tra­ba­lham e a ju­ven­tude, todos os que são contra a po­lí­tica de di­reita e a in­jus­tiça, para que, com o PCP, tomem nas suas mãos a luta pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita, der­rotem os pro­jectos re­ac­ci­o­ná­rios e de­fendam o re­gime de­mo­crá­tico ins­crito na Cons­ti­tuição.

Se no PCP nos as­su­mimos como força de­ter­mi­nante para im­pul­si­onar a al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, a res­pon­sa­bi­li­dade da sua cons­trução está também nas mãos dos tra­ba­lha­dores, do povo, dos de­mo­cratas, da ju­ven­tude, de todos os in­te­res­sados na sua con­cre­ti­zação.

Não de­sis­timos do País.

Por­tugal não é uma pro­víncia de um Es­tado qual­quer, Por­tugal é uma nação so­be­rana, com quase 900 anos de his­tória.

Por­tugal é re­sul­tado da cons­trução e da luta de um povo que em mo­mentos de­ci­sivos da nossa his­tória tomou nas mãos o seu des­tino. Este povo que se re­nova e abre a novos tempos. Este povo que der­rubou o fas­cismo, que er­gueu e cons­truiu a Re­vo­lução de Abril, que fez do seu pro­jecto, das suas con­quistas, dos seus va­lores, uma re­a­li­dade na vida. Este povo que tem a força ne­ces­sária para re­co­locar o País no trilho desses va­lores e dessas con­quistas de Abril, no trilho do qual o País nunca de­veria ter saído.

O País não está con­de­nado
O País não está con­de­nado às in­jus­tiças e às de­si­gual­dades. O País tem re­cursos, meios, forças e gente séria capaz de cons­truir a vida me­lhor que a mai­oria jus­ta­mente am­bi­ciona. O País pre­cisa de res­ponder à emer­gência na­ci­onal do au­mento sig­ni­fi­ca­tivo dos sa­lá­rios e das pen­sões, pre­cisa de com­bater a chaga da pre­ca­ri­e­dade, de va­lo­rizar car­reiras e pro­fis­sões, pre­cisa de res­peitar quem tra­balha e tra­ba­lhou uma vida in­teira.

O País pre­cisa de pôr fim aos be­ne­fí­cios fis­cais, às pri­va­ti­za­ções, à cor­rupção e pôr fim, de uma vez por todas, à ra­pina de re­cursos pú­blicos por parte dos que se acham donos disto tudo. O País pre­cisa de mais e me­lhores ser­viços pú­blicos, salvar e re­forçar o SNS, fixar e con­tratar pro­fis­si­o­nais de saúde e ga­rantir a todos o acesso à saúde. O País pre­cisa de va­lo­rizar a Es­cola Pú­blica, res­ponder agora à falta de pro­fes­sores e de ou­tros pro­fis­si­o­nais e de avançar para uma rede pú­blica de cre­ches gra­tuitas e o acesso uni­versal à edu­cação pré-es­colar.

O País pre­cisa de en­frentar o drama da ha­bi­tação, dar com­bate à es­pe­cu­lação, re­duzir o valor das rendas, pôr a banca a su­portar o efeito das taxas de juro. O País pre­cisa de re­cu­perar os ins­tru­mentos para de­finir de forma so­be­rana o seu pró­prio rumo de de­sen­vol­vi­mento, in­ves­tindo mais e onde faz mais falta, e não onde a União Eu­ro­peia e as suas or­dens or­ça­men­tais nos querem impor. O País pre­cisa e deve pro­duzir mais, para criar mais ri­queza e para se de­sen­volver en­quanto nação so­be­rana. Pre­cisa de co­locar todo o saber e co­nhe­ci­mento ci­en­tí­fico e tec­no­ló­gico, a in­ves­ti­gação e a ci­ência ao ser­viço do País.

O País pre­cisa da força e cri­a­ti­vi­dade da ju­ven­tude e de res­ponder às suas ne­ces­si­dades – au­mento dos sa­lá­rios, es­ta­bi­li­dade, edu­cação pú­blica, acesso à ha­bi­tação. O País pre­cisa de todos os que cá pro­curam uma vida me­lhor e dis­pensa o ba­fi­ento e des­vi­ante dis­curso do ódio, do ra­cismo e da xe­no­fobia.

É pos­sível um País de­sen­vol­vido, de pro­gresso e so­be­rano, cá es­tamos para, com muitos ou­tros, o cons­truir.

Re­sistir e avançar
Saímos do Con­gresso mais fortes, mais pre­pa­rados e de­ter­mi­nados para tomar a ini­ci­a­tiva.

Não fal­ta­remos a ne­nhuma ba­talha, seja ela so­cial, eco­nó­mica, po­lí­tica, ins­ti­tu­ci­onal ou elei­toral, es­ta­remos em todas elas.

Vamos agir a todos os ní­veis. Desde logo con­tri­buindo para a in­ter­venção da Ju­ven­tude Co­mu­nista Por­tu­guesa e para o su­cesso do seu Con­gresso, cujo lema «Nas nossas mãos o mundo novo! Or­ga­nizar. Unir. Lutar.» de­fine bem os seus ob­jec­tivos e im­por­tância.

Vamos tomar a ini­ci­a­tiva pelo au­mento dos sa­lá­rios e das pen­sões, contra as in­jus­tiças e de­si­gual­dades, pelos ser­viços pú­blicos, por uma rede pú­blica de cre­ches gra­tuitas para todas as cri­anças, pelo di­reito à ha­bi­tação. Tomar a ini­ci­a­tiva com o de­sen­vol­vi­mento da acção «Au­mentar sa­lá­rios e pen­sões, para uma vida me­lhor». Daqui re­lan­çamos esta acção com um de­safio ao Par­tido, aos tra­ba­lha­dores, ao povo e à ju­ven­tude. Le­vemos por di­ante uma das mai­ores re­co­lhas de apoio e exi­gência que re­a­li­zámos até hoje. Nos pró­ximos tempos, e em todo o lado, con­tactar, es­cla­recer, mo­bi­lizar para as­sinar. Dia 14 de Ja­neiro, em todo o País, vamos com ainda com mais em­penho e con­fi­ança re­a­lizar 100 ac­ções para as 100 mil as­si­na­turas!

Esta acção impõe um es­tilo de tra­balho que deve ser a re­fe­rência da nossa acção geral, li­gação às massas, um Par­tido li­gado à vida. Apro­vei­temos esta ex­pe­ri­ência para tomar a ini­ci­a­tiva e in­ten­si­ficar a pre­pa­ração das pró­ximas elei­ções au­tár­quicas. Fa­çamos das elei­ções au­tár­quicas uma grande jor­nada de con­tacto e mo­bi­li­zação po­pular.

Le­vemos por di­ante uma ampla acção de apoio po­pular à CDU, este es­paço de ampla con­ver­gência, onde cabem todos os que an­seiam re­solver os pro­blemas con­cretos das po­pu­la­ções, dos que querem jus­ta­mente viver me­lhor na sua terra. Mo­bi­li­zemos co­mu­nistas, eco­lo­gistas, mo­bi­li­zemos in­de­pen­dentes, mo­bi­li­zemos todos in­de­pen­den­te­mente das suas op­ções par­ti­dá­rias, para dar ainda mais força a um pro­jecto que não se con­funde com ne­nhum outro e que que­remos que se alargue, cresça e vá mais longe, desde logo com mais can­di­da­turas.

Quem tem um pro­jecto au­tár­quico sem pa­ra­lelo como o nosso e com provas dadas; quem tem eleitos li­gados às po­pu­la­ções como são os da CDU; quem tem como marca tra­balho, ho­nes­ti­dade e com­pe­tência; quem se lança numa ampla jor­nada de con­tacto, mo­bi­li­zação e en­vol­vi­mento de apoio po­pular, só tem ra­zões para ter con­fi­ança para a ba­talha das elei­ções au­tár­quicas.

Tomar a ini­ci­a­tiva, sem ne­nhuma he­si­tação, pela paz e contra a guerra. Pela so­li­da­ri­e­dade e contra o mi­li­ta­rismo e a in­dús­tria da morte. Não de­sis­timos da paz e es­ta­remos, como sempre es­ti­vemos, na pri­meira linha de exi­gência. Lá es­ta­remos já no pró­ximo dia 18 de Ja­neiro em Lisboa, nessa ma­ni­fes­tação sob o lema «É ur­gente pôr fim à guerra! Todos juntos pela paz!». E se­remos, com toda a cer­teza, muitos, porque são muitos e cada vez mais os que não aceitam o ca­minho da guerra e do de­sastre para onde querem ar­rastar o povo.

Tomar a ini­ci­a­tiva e di­na­mizar a justa luta que aí está e que tem de se in­ten­si­ficar, desde logo a luta dos tra­ba­lha­dores, mas também de ou­tros sec­tores e ca­madas, seja pela ha­bi­tação, pelo SNS, pelos ser­viços pú­blicos, pelo trans­porte pú­blico, pelo am­bi­ente, contra todas as dis­cri­mi­na­ções e pre­con­ceitos, pelos di­reitos, o res­peito e a dig­ni­dade.

Tomar a ini­ci­a­tiva pelo re­forço do Par­tido, con­cre­ti­zando o mo­vi­mento geral de re­forço que agora de­ci­dimos. Um mo­vi­mento que exige de todo o Par­tido a to­mada de me­didas con­cretas tendo como ele­mento cen­tral a res­pon­sa­bi­li­zação de qua­dros, alar­gando a nossa ca­pa­ci­dade de in­ter­venção para chegar mais longe, para in­tervir em mais frentes, para mo­bi­lizar mais gente. Re­forço dum Par­tido que tanta falta faz ao País aos tra­ba­lha­dores, ao povo, à ju­ven­tude, aos de­mo­cratas e pa­tri­otas.

Quem achava que ví­nhamos ao XXII Con­gresso para carpir má­goas, mais uma vez se en­ganou. Quem es­pe­rava que con­fun­dís­semos re­sis­tência com de­sis­tência, en­con­trou aqui um Par­tido cons­ci­ente do ter­reno que pisa, das di­fi­cul­dades e do exi­gente quadro que o nosso povo en­frenta, mas que aqui está, a re­sistir. Sim, a re­sistir, mas uma re­sis­tência que não fica à es­pera, que se lança na luta para acu­mular forças e avançar.

O PCP cá está!
Quem es­pe­rava fra­queza, en­con­trou força, uni­dade, de­ter­mi­nação, en­con­trou con­fi­ança e co­ragem. Quem es­pe­rava iso­la­mento, en­con­trou um Par­tido li­gado à vida e à re­a­li­dade, dis­po­nível e em­pe­nhado em juntar forças com todos aqueles que jus­ta­mente estão pre­o­cu­pados com o rumo ac­tual do País. Quem es­pe­rava es­tag­nação, en­con­trou a cri­a­ti­vi­dade da ju­ven­tude e a força da JCP.

Os que pro­po­si­ta­da­mente con­fundem men­sagem nova com de­ma­gogia, men­tira e de­sin­for­mação, aqui en­con­traram quem não ab­dica da men­sagem da ver­dade. Quem es­pe­rava con­for­mismo, en­con­trou aqui a luta que lhes faz frente, en­con­trou a es­pe­rança de Abril e a força de Maio e uma ina­ba­lável con­fi­ança nos tra­ba­lha­dores, no povo e na ju­ven­tude.

Quem es­pe­rava pes­si­mismo, en­con­trou a ale­gria, essa ale­gria pró­pria de quem sabe que é justa a causa por que luta. La­men­tamos de­si­ludir os que tomam os seus de­sejos por re­a­li­dade.

O PCP cá está. Com a força do seu pro­jecto, a de­ter­mi­nação do seu co­lec­tivo, a co­ragem de quem não tem medo. O PCP cá está a des­mentir, e acima de tudo pronto a en­frentar e a der­rotar todos quantos gos­ta­riam que o Par­tido se ver­gasse ao poder e in­te­resses do grande ca­pital.

Mas este não é mais um par­tido do ca­pital, desses já há muitos, este é, com or­gulho o Par­tido do tra­balho.

Quem de­se­java um Par­tido con­de­nado, en­con­trou aqui, e vai en­con­trar amanhã, nas em­presas e lo­cais de tra­balho, nas ruas, nos cen­tros de saúde, nas es­colas, nas uni­ver­si­dades, nos cen­tros de in­ves­ti­gação, nas as­so­ci­a­ções, vai en­con­trar em todos os lo­cais onde pulsa a vida, a Força de Abril a tomar a ini­ci­a­tiva, com os tra­ba­lha­dores e o povo, com os olhos postos na cons­trução da de­mo­cracia e do so­ci­a­lismo.

 



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